A manutenção do trabalho remoto em diversos setores tem revelado um efeito colateral que passa longe da tecnologia ou da conectividade: a saúde física dos profissionais. Com jornadas prolongadas diante do computador e improvisações que vão da mesa de jantar ao sofá, aumentam as queixas de dores lombares, tensão no pescoço e fadiga muscular.

A adoção de medidas simples, como regulagem de altura da cadeira ou reposicionamento da tela, tem ganhado espaço nas orientações de empresas e profissionais de saúde. A busca por móveis ajustáveis e acessórios de suporte também cresceu, evidenciando uma preocupação maior com a qualidade do ambiente doméstico usado como estação de trabalho.

Postura inadequada se torna causa frequente de desconforto físico

A falta de um espaço ergonômico adequado está entre os principais motivos de desconforto relatados por quem trabalha remotamente. A tendência de passar horas com a coluna curvada, ombros fechados e pescoço projetado para frente contribui para sobrecarga muscular.

A postura inadequada costuma se agravar quando o trabalhador utiliza mesas baixas, cadeiras fixas sem apoio lombar ou apoia o notebook sobre a superfície sem elevar a tela. Embora muitas das dores apareçam de forma gradual, sinais como formigamento, rigidez ao final do dia e fadiga visual funcionam como alerta de que o corpo está sendo forçado além do adequado.

A orientação mais recorrente é ajustar o posto de trabalho para que braços, pernas e coluna permaneçam alinhados, com apoio adequado e sem compensações. Pequenas pausas ao longo da jornada também ajudam a reduzir a tensão acumulada.

Mobiliário ergonômico deixa de ser luxo e vira item de necessidade

Com a casa assumindo o papel de escritório para uma parcela significativa da população, itens como cadeiras com regulagem, mesas eleváveis e suportes para notebook passaram a ocupar espaço no orçamento doméstico. A busca por melhores cadeiras ergonômicas também cresceu, e plataformas como a mybest têm ajudado consumidores a comparar modelos, entender características técnicas e identificar opções realmente adequadas para longas jornadas de trabalho.

A escolha do mobiliário deve considerar mais do que estética. A cadeira, por exemplo, precisa permitir apoio firme aos pés, manter quadris alinhados e distribuir o peso do corpo sem exigir esforço adicional.

Já a mesa deve ter altura que evite elevação dos ombros ou flexão excessiva dos punhos. O simples uso de um suporte para notebook pode melhorar a postura, desde que combinado com teclado e mouse externos.

Ambiente doméstico influencia concentração e ritmo de trabalho

Além das questões físicas, o ambiente montado para o trabalho remoto interfere no foco e na organização da rotina. Iluminação insuficiente, ruídos e circulação constante de pessoas dificultam a concentração. A criação de um espaço dedicado, mesmo pequeno, contribui para delimitar o tempo de trabalho e reduzir distrações.

A adaptação de ambientes, antes pouco usados durante o dia, virou prática comum. Muitos trabalhadores passaram a reorganizar quartos, varandas ou cantos de salas para acomodar melhor os equipamentos. A adoção de cortinas que filtram luz, tapetes que reduzem eco e lâmpadas com temperatura de cor adequada também tem sido recomendada para minimizar desconfortos e otimizar a visibilidade.

Cuidados constantes garantem mais conforto e preservam a saúde do trabalhador

Com o trabalho remoto consolidado em muitas empresas, a discussão sobre ergonomia ganhou novo peso. A criação de um posto de trabalho confortável deixou de ser exclusividade dos escritórios e passou a fazer parte das decisões domésticas.

A tendência é que o investimento em mobiliário adequado e atenção à postura continue crescendo, à medida que trabalhadores percebem que pequenas mudanças podem trazer resultados significativos. Ao transformar a casa em um ambiente mais saudável e funcional, o profissional não só melhora sua produtividade, como também preserva a saúde que sustenta sua rotina.