Trump declara inocência à Justiça nos EUA em processo sobre manipulação das eleições

Donald Trump enfrenta uma acusação formal no âmbito de um processo criminal relacionado à tentativa de manipulação dos resultados das eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2020. De acordo com a acusação, o ataque ao prédio do Congresso dos EUA em 6 de janeiro de 2021 fazia parte do plano de Trump para alterar os resultados eleitorais.

O ex-presidente dos EUA chegou pouco antes do horário agendado para a audiência e, durante a sessão, afirmou sua inocência à juíza. Posteriormente, deixou o edifício em Washington DC após a magistrada aprovar as condições para sua liberação e advertir que ele não deve cometer mais crimes. Um pequeno grupo de manifestantes ficou do lado de fora.

A próxima audiência desse processo está agendada para 28 de agosto. Segundo a mídia dos EUA, esse caso deve tramitar mais rapidamente do que outros em que Trump enfrenta acusações criminais.

No documento de acusação, o procurador Jack Smith alega que Trump e seus cúmplices disseminaram mentiras sobre a votação naquele ano, insistindo com autoridades estaduais e federais para alterar os resultados eleitorais e recrutando colégios eleitorais falsos na tentativa de prejudicar Joe Biden.

Em 6 de janeiro de 2021, durante a certificação formal da vitória eleitoral de Biden no Capitólio (o prédio do Congresso dos EUA), uma multidão de apoiadores de Trump invadiu o edifício, interrompendo a sessão de certificação e ameaçando o então vice-presidente Mike Pence, que conduzia o processo, por se recusar a reverter o resultado eleitoral.

Trump enfrenta quatro acusações: conspiração para fraudar os Estados Unidos; conspiração para obstruir um procedimento oficial; conspiração contra os direitos dos americanos e obstrução ou tentativa de obstrução de um procedimento oficial. Em caso de condenação, a acusação mais grave pode ser punida com uma sentença de 20 anos de prisão.

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