GUERRA

Mundo enfrenta quase 30 conflitos ou confrontos além de Israel e Hamas

Combates armados colocam civis em risco em várias partes do planetaatualmente.
Por 3º Setor 20/10/2023 - 10:08

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A guerra entre Israel e o grupo Hamas vem tomando conta de todas as manchetes e jornais desde o dia 7 de outubro, data marcada pelos ataques no sul de Israel, na fronteira com a Faixa de Gaza. O conflito histórico entre Israel e Palestina vem acontecendo há mais de sete décadas e se arrasta até os dias de hoje. Com milhares de vítimas, o conflito desse mês foi o que resultou no maior número de mortes na história de Gaza, somando mais de 3 mil óbitos palestinos.

O ataque do Hamas e a resposta israelense gerou tanta notícia, que acabou ofuscando a cobertura da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a qual vem sendo o foco dos tablóides desde o início do ano passado. O mundo vem enfrentando quase 30 conflitos ou registros de combates armados, portanto a maioria não tem uma cobertura de imprensa ou atenção global.

Em 2022, foram listados 8 conflitos denominados como guerras, sendo eles a Guerra da Ucrânia, a da Etiópia, Iêmen, Mianmar, Haiti, Síria, militantes islâmicos na África e a Guerra do Afeganistão. Com a eclosão da Guerra do Sudão em abril e o ataque do grupo Hamas contra Israel em meados de outubro, a lista já possui 10 países em guerra para o relatório deste ano.

A Guerra do Sudão reportou 3 mil mortes nos seus primeiros 100 dias, obtendo uma média de 30 óbitos diários, se mostrando mais violenta que a Guerra da Ucrânia. O conflito entre Rússia e Ucrânia registrou 9 mil civis sem vida em 500 dias. Ademais, em 10 dias, o combate entre Israel e Hamas já acarretou em mais de 4 mil mortes, sendo mais da metade delas, palestinas.

A contagem de conflitos atuais é bastante relativa, tendo em vista que não existe um padrão para os combates e a cobertura da imprensa em algumas regiões do mundo é quase inexistente. A Guerra do Iêmen, por exemplo, enfrenta uma violência silenciosa há 8 anos. Segundo dados liberados pela agência da ONU, milhões de crianças sofrem riscos de mal nutrição em território ieminita, além de 540 mil enfrentam risco de morte caso não recebam tratamento. Mesmo em uma situação alarmante e precária para a população do Iêmen, a cobertura da mídia é inexistente.

Neste ano, o Brasil é membro rotativo do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, e chegou a redigir uma proposta de resolução para o conflito, sugerindo uma pausa no combate para que a ajuda humanitária chegue à Faixa de Gaza. O texto condenava toda violência e hostilidade contra civis, reiterando a importância da liberação imediata dos reféns. A proposta brasileira conseguiu 12 votos a favor, duas abstenções e apenas um voto contra – o dos Estados Unidos. A nação norte-americana tem o poder de vetar qualquer proposta apresentada na ONU por fazer parte das nações com assentos permanentes do Conselho de Segurança – ao lado de Rússia, China, Reino Unido e França.

A guerra entre Israel e Hamas está muito longe de um acordo ou uma proposta de paz e isso preocupa a comunidade internacional. As mortes resultantes do conflito apenas aumentam a cada dia e segundo a ONU, crianças são 1/3 das vítimas do combate. Os conflitos e as guerras prejudicam diretamente o alcance das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como um todo, principalmente o ODS 16, que visa promover a paz, justiça e instituições eficazes.


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