MEDIDAS URGENTES
MP de Alagoas pede providências para unidades de saúde precárias em Maceió
Problemas variam desde a falta de dentistas e serviços precários até a falta de medicamentos
O Ministério Público de Alagoas (MPAL) está exigindo o cumprimento de sentenças relacionadas às unidades de saúde do município de Maceió. Essas sentenças foram proferidas em ações civis públicas anteriores e agora o MPAL busca sua efetiva execução. A solicitação é reforçada com a imposição de multas em caso de descumprimento e, se necessário, o bloqueio de verbas. O objetivo é promover a melhoria estrutural das unidades de saúde, cujas condições precárias foram documentadas em relatórios de inspeção solicitados ao Conselho Municipal de Saúde de Maceió.
Alguns exemplos das más condições encontradas são a falta de medicamentos, atendimento odontológico insuficiente, paredes mofadas, falta de estrutura nas pias, estofados rasgados, ferrugem em móveis e armários. Além disso, há relatos de infiltrações, rachaduras, presença de ratos, escorpiões e insetos em algumas unidades. A carência de recursos humanos é outro problema grave, com a falta de assistentes administrativos e profissionais de saúde, incluindo psicólogos.
Na Unidade de Saúde Frei Damião, além de problemas similares, acrescente-se infiltrações e rachaduras, existência de ratos, escorpiões e insetos. E para tornar mais grave a situação, a carência de recurso humano inicia com a falta de assistentes administrativos e de profissionais de saúde, entre eles psicologos.
Já a Unidade Saúde São Vicente de Paula, além dos mesmos problemas da Hamilton Falcão, apresenta dificuldade nos agendamentos de consultas pelo sistema PRONTO e falta de utensílios essenciais para a garantia de uma boa assistência.
A situação é bastante crítica, também, na Unidade de Saúde Vale do Reginaldo, Segundo relatório enviado ao Ministério Público pela equipe técnica, há alta de medicamentos e Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s); falta de médico cardiologista entre outros.
O MPAL destaca que essas quatro unidades de saúde enfrentam problemas graves e urgentes, e medidas devem ser adotadas para garantir que o direito fundamental à saúde, estabelecido pela Constituição, seja respeitado. Espera-se que as solicitações do MPAL sejam atendidas e que as sentenças sejam cumpridas integralmente, visando a melhoria imediata da saúde municipal.
Outro lado
Por meio de nota, a Prefeitura de Maceió informou que a atual gestão recebeu a saúde do município com apenas 27% de cobertura e, nesses últimos dois anos, e meio, conseguiu ampliar para mais de 50%, dobrando a capacidade.
"A Prefeitura Municipal também lançou programas e ações que já apresentam melhoria da política pública de saúde e busca ampliar e qualificar o atendimento em todas as unidades, beneficiando os mais de 800 mil maceioenses que usam essa rede todos os dias".
Ainda segundo a nota, a gestão tem se empenhado em proporcionar o melhor aos usuários, investindo na reforma dos postos de saúde e que, até o momento, já foram reformadas 30 unidades e, em breve, serão contempladas as demais.
"Como toda grande cidade, a capital alagoana não foge à regra de problemas históricos no setor de saúde, mas em nenhum momento tem se furtado a procurar solucionar cada um deles para assegurar qualidade de vida a todos e todas. No mais, está à disposição do Ministério Público Estadual para responder cada questionamento, com transparência e compromisso público", finalizou.
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