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Gleisi diz que prisão de Lula é política e PT tem esperança em voto de Rosa Weber

Por reuters 09/04/2018 - 08:41

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A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), disse neste domingo, 8, que a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é política — e por isso também será enfrentada neste campo — e que há expectativa de um voto da ministra do STF Rosa Weber contra a prisão após condenação em segunda instância na próxima quarta-feira.

A presidente do PT declarou ainda que os apoiadores de Lula não “arredarão o pé” da busca por sua liberdade e reafirmou que Curitiba, onde o petista está preso, é “o centro da luta política”.

“Temos expectativa, quarta-feira, para que a ministra Rosa Weber cumpra com aquilo que falou... no último julgamento em que ela participou no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o habeas corpus do presidente Lula, de que ia rever a decisão do Supremo em relação à prisão em segunda instância”, disse Gleisi, citando ainda ações já apresentadas a cortes internacionais como saídas.

“Nós vamos também lutar politicamente porque entendemos que essa prisão é política. E por isso essa vigília. É uma vigília que não tem fim. Enquanto o presidente Lula estiver na (Superintendência da) Polícia Federal, nós ficaremos aqui”, afirmou.

O ex-presidente entregou-se à Polícia Federal no início da noite do sábado, após ficar quase dois dias no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo.

Ele foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 12 anos e 1 mês de prisão no caso do triplex no Guarujá (SP). Lula nega ser dono do imóvel e qualquer irregularidade.

Na próxima quarta-feira, o ministro do STF Marco Aurélio Mello deve levar à corte um pedido de liminar feito pelo Partido Ecológico Nacional (PEN) para suspender a execução da pena de condenados em segunda instância.

Para Marco Aurélio, relator de duas ações que discutem o assunto, houve uma mudança no cenário, o que justifica a apreciação do assunto pelo colegiado do STF.

Um dos advogados da defesa, Cristiano Zanin Martins, que esteve com o presidente neste domingo, afirmou que Lula “está bem”, embora “indignado” com a situação.

O defensor disse acreditar em uma revogação da prisão do petista.

“Vamos reverter essa decisão, porque ela não é compatível com a nossa legislação. Nem a condenação, e tampouco a prisão para cumprimento antecipado de pena”, disse Zanin, acrescentando que “por ora não há nenhuma estratégia jurídica que eu possa adiantar dos senhores”.

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