Morre, aos 81 anos, o ex-governador Guilherme Palmeira

Faleceu nesta segunda-feira, 4, aos 81 anos, o ministro aposentado do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-governador de Alagoas Guilherme Palmeira, pai do prefeito de Maceió, Rui Palmeira (sem partido).

O advogado, que lutava contra o câncer no pâncreas, morreu em sua residência, após passar meses internado. Nas redes sociais, Rui Palmeira informou que não haverá velório devido à pandemia causada pela Covid-19.

"Amigos, é com tristeza profunda que comunico o falecimento de meu pai, ocorrido na manhã de hoje. Ficam ótimas lembranças: a simplicidade, as risadas, as histórias divertidas e até o mau humor peculiar. Pai, muito obrigado por todas as lições que o senhor deixou! Desde já agradeço a todas as mensagens de solidariedade que tenho recebido de toda Alagoas e de várias partes do Brasil....Em razão da pandemia de Covid-19 não haverá velório".

A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas também lamentou a morte: "A OAB-AL, a CAA e ESA se solidarizam aos familiares e amigos que passam por este momento de dor, diante da perda de um ente querido e de grande relevância à política alagoana".

Cargo federal

Guilherme Palmeira tomou posse como ministro do TCU em 4 de agosto de 1999, nomeado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, decorrente da vaga deixada pelo ministro Homero dos Santos. 

O ministro presidiu a Corte de Contas no período de setembro a dezembro de 2006 e no ano seguinte atuou como vice-presidente.

Biografia

Guilherme Gracindo Soares Palmeira nasceu em Maceió no dia 25 de dezembro de 1938 e graduou-se advogado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1963. Filho de Rui Soares Palmeira e Maria Gaby Gracindo, foi eleito deputado estadual pela Arena em 1966, 1970 e 1974, licenciado-se para ocupar a Secretaria de Indústria e Comércio no primeiro governo Divaldo Suruagy. 

Indicado governador de Alagoas em 1978, firmou um acordo para pacificar as correntes políticas arenistas, em especial a liderada pelo senador Arnon de Melo, que conseguiu a nomeação de seu filho, Fernando Collor, como prefeito de Maceió. Extinta a Arena, Guilherme Palmeira ingressou no PDS e foi eleito senador em 1982 derrotando Teotônio Vilela, um dos próceres pela redemocratização do Brasil. 

Em 1994 foi indicado candidato a vice-presidente na chapa de Fernando Henrique Cardoso pela coligação União, Trabalho e Progresso, mas seu nome foi substituído por Marco Maciel. Candidato a reeleição em 1998, perdeu a vaga no Senado para candidata do PT Heloísa Helena. Foi indicado ministro do Tribunal de Contas da União onde chegou ao cargo de vice-presidente, aposentando-se em 2008. 

Irmão de Vladimir Palmeira, que foi eleito deputado federal pelo PT do Rio de Janeiro em 1986 e 1990, primo de José Thomaz Nonô e pai de Rui Palmeira, prefeito eleito de Maceió em 2012 e reeleito em 2016.

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