PROPINA
Polícia Federal pede mais tempo ao STF para investigar Renan Calheiros
Senador é suspeito de ter recebido propina da Odebrecht para interferir no Congresso
A Polícia Federal pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prorrogação da investigação contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Nesta quinta-feira, 28, Fachin pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o pedido feito pela PF.
Segundo informações da CNN, o pedido feito na quinta-feira, 21, pelo delegado William Tito Schuman Marinho e tornado público apenas ontem, solicitou a prorrogação da investigação por mais 60 dias. O delegado argumenta que o inquérito foi redistribuído a ele e que ele teve pouco tempo para a análise do caso.
O pedido foi feito “considerando que o IPL nº 2020.0023710 (INQ. 4426-DF) foi redistribuído a esta autoridade policial com o prazo concedido para continuidade da investigação com pouco tempo para análise, e restando, ainda, diligências pendentes de cumprimento", diz trecho do documento.
O inquérito contra Renan foi aberto em 2017 e já foi prorrogado oito vezes (em setembro de 2017, em janeiro, maio e setembro de 2018, em agosto de 2019, em fevereiro e novembro de 2020 e, em abril de 2021).
Ele é suspeito de ter recebido propina da Odebrecht para interferirna tramitação de uma medida provisória no Congresso em benefício da empreiteira. A investigação foi aberta a partir da delação premiada de executivos da Odebrecht.
Até agora, as investigações não foram concluídas. Em junho deste ano, Fachin pediu que a Polícia Federal apresentasse as diligências já realizadas.
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