ÚLTIMO DISCURSO DO ANO
Bolsonaro defende governo e critica passaporte vacinal

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez, na noite desta sexta-feira (31/12), o último pronunciamento oficial do ano. O discurso, transmitido em todos os canais de TV e emissoras de rádio, teve duração de quase 6 minutos e foi gravado com antecedência, antes do mandatário viajar para férias em Santa Catarina.
Na fala, Bolsonaro defendeu o governo, voltou a se opor à obrigatoriedade do passaporte vacinal e criticou rivais políticos.
“Não apoiamos o passaporte vacinal. Nem qualquer restrição àqueles que não desejam se vacinar. Também, como anunciado pelo ministro da Saúde, defendemos que a vacina para as crianças entre cinco e onze anos sejam aplicadas somente com o consentimento dos pais e prescrição médica. A liberdade tem que ser respeitada.”
Mirando o eleitorado fiel, citou investimentos do BNDES no exterior e disse que o governo completou três anos sem corrupção. Além disso, falou sobre a conclusão das obras de transposição do Rio São Francisco e o pagamento do Auxílio Brasil.
Em outro momento, o presidente criticou os governadores dos estados pelas políticas de distanciamento e restrições sanitárias decretadas durante a pandemia. Para ele, foram as medidas econômicas federais que evitaram uma “quebradeira econômica” no país. Na sequência, atacou o programa Bolsa Família, percussor do atual programa de transferência de renda Auxílio Brasil.
Jair Bolsonaro afirmou que o ano se encerra com um saldo positivo de 3 milhões de novos empregos e 5 milhões de empresas abertas. “Interrompendo uma série de meia década com saldos negativos”, comentou.
Para 2022, o presidente disse que, na área de infraestrutura, já há mais de R$ 800 bilhões contratados pela iniciativa privada que devem garantir a geração de milhões de empregos. “Isso é uma prova de que conquistamos a confiança dos investidores, brasileiros e estrangeiros, o que possibilitará, também, a redução da inflação, consequência da equivocada política do ‘Fica em casa. A economia a gente vê depois’”.