BRASÍLIA
Renan Calheiros, que votou pelo impeachment, diz que não houve crime de Dilma
Impeachment de Dilma foi aprovado em 2016 por 61 votos favoráveis e 20 contrários
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), que votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta quinta-feira, 17, que não houve crime de responsabilidade para fundamentar o processo contra a ex-chefe do Executivo.
“Acho que o próprio MDB não repetiria uma circunstância daquela. Aquilo é um fato para não ser repetido jamais na história do Brasil”, disse, em entrevista à coluna de Guilherme Amado, no site Metrópoles.
Calheiros, diz que esse processo não pode se repetir. “Sinceramente, não acredito que o Senado hoje aprovaria o impeachment da presidente por crime de responsabilidade fiscal que não houve. Aquilo foi circunstância que não pode se repetir”.
Em 2016, a pedido da senadora Kátia Abreu, do MDB de Tocantins, a votação do processo de impeachment foi dividida em duas partes. Na primeira, por 61 a 20, o Plenário aprovou a perda definitiva do mandato de Dilma Rousseff por crimes de responsabilidade na edição dos decretos suplementares sem autorização do Congresso Nacional e por empréstimos junto a bancos públicos.
A segunda votação foi sobre a chamada pena acessória. Apesar de terem aprovado a perda do mandato, os senadores livraram Dilma da inabilitação para o exercício de qualquer função pública por 8 anos.
Durante a entrevista, Renan Calheiros também reforçou que setores do MDB já discutem o apoio a Lula no primeiro turno, caso a campanha de Tebet não decole.
“Se ela não crescer, ela própria vai entender essa realidade. Ficamos de conversar com alguns setores do MDB, que com essa avaliação, admitem possibilidade de apoiar Lula desde o primeiro turno”.
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