MP Eleitoral rejeita ação de Arthur Lira que tenta censurar ex-esposa

O Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) rejeitou uma ação movida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), contra sua ex-esposa, Jullyene Lins, candidata a deputada federal pelo MDB. Lira pretendia tirar do ar um dos vídeos postados por Jullyene em suas redes sociais, no qual ela aparece mostrando supostos recibos da compra, pelo deputado, de uma fazenda em Panelas (PE), e de cabeças de gado bovino. 

De acordo com a candidata, os recibos somam quase R$ 2 milhões. No vídeo, Jullyene diz: “Eleitores alagoanos, vou compartilhar com vocês uma pequena história. Recibos para compra de apenas uma fazenda em Pernambuco somam quase dois milhões de reais, em 2004. Essa é a estratégia do pai dos ricos, o dono do orçamento secreto. É esse deputado que vocês querem lhe representando? Esse é o Pai dos Ricos. Eu sou Jullyene Lins, vote 1588”.

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A procuradora Júlia Wanderley Vale Cadete, do MP Eleitoral, ao analisar a ação de Arthur Lira, acolheu a defesa apresentada por Jullyene e não viu nada que possa caracterizar a alegada “ofensa à honra” ou “desmoralização pública” do parlamentar, nem sequer “propaganda eleitoral negativa”, como pretendiam os advogados do presidente da Câmara Federal.

A procuradora lembra que uma pessoa pública – no caso, Arthur Lira – “está sujeita a maiores críticas sem que isso configure ofensa a sua honra”. “Além disso, há se atentar que o debate público sobre as pessoas dos candidatos é inerente e fundamental ao processo eleitoral”, conclui.

Confira o parecer do MP Eleitoral na Galeria de Arquivos logo abaixo

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