MACEIÓ
Bolsonaristas cercam e atacam funcionários e veículo do Judiciário na Fernandes Lima
Agressão ao Poder Judiciário foi registrada em vídeo que circulou nas redes sociaisUm vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que os bolsonaristas que acampam na Fernandes Lima, em Maceió, reivindicando golpe para ruptura da democracia e intervenção federal no País cercam um veículo do Poder Judiciário de Alagoas. Aos gritos e portando bandeiras, os golpistas batem no teto e portas do veículo, impedindo o motorista de sair do local e parando o trânsito na principal avenida da capital.
As informações sobre essa ação dos bolsonaristas são de que o veículo havia transportado ao acampamento funcionários da justiça na área de proteção à criança e ao adolescente. Os funcionários estavam cumprindo ordens do corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Felipe Salomão, para fiscalizar e impedir o uso de crianças nos atos golpistas. Os funcionários foram expulsos do local e agredidos verbalmente até entrarem no carro.
A abordagem ao veículo não se estendeu por muito tempo, pois o motorista conseguiu fugir ao ataque cantando os pneus do carro, acompanhado pelos gritos de homens e mulheres.
Este foi o primeiro ataque filmado a funcionários e ao patrimônio de um dos Poderes constituídos, no caso o Judiciário, realizado ao ar livre e em frente ao quartel do Exército em Maceió. Até agora não houve nenhuma manifestação dos militares nem do Judiciário a respeito da agressão.
Os bolsonaristas estão literalmente acampados no canteiro central da Fernandes Lima com estrutura de tendas, banheiros químicos, mesas, cadeiras, barracas de camping e recebem alimentação, água e demais itens para manterem a mobilização.
A Polícia Federal de Alagoas já identificou nomes de pessoas físicas e empresas que sustentam o movimento, mas não foi desencadeada, até o momento, nenhuma ação para desmontar o acampamento ou garantir segurança no maior corredor de tráfego da cidade. Os participantes do ato ilegal não estão sendo acompanhados no local por representantes da área de segurança pública, como ocorreu no início da instalação do acampamento quando eles interromperam o tráfego de veículos na via.