ESTADOS UNIDOS

Bolsonaro é internado com dores em Orlando

Ex-presidente deu entrada no hospital Advent Health Celebration em Orlando
Por Redação com agências 09/01/2023 - 15:11
Atualização: 09/01/2023 - 16:15
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Reprodução
Bolsonaro foi internado na madrugada com dores
Bolsonaro foi internado na madrugada com dores

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado no hospital Advent Health Celebration em Orlando, nos Estados Unidos. A informação foi noticiada primeiro pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo e posteriormente confirmada por diversos veículos.

Segundo interlocutores de Bolsonaro ouvidos pelo UOL, ele passou mal de madrugada, com dores abdominais, e deu entrada às 4h (horário da Flórida) no hospital para fazer exames de imagem. O objetivo era investigar possível obstrução e aderências no abdômen.

Desde que foi atingido por uma facada durante a campanha para as eleições de 2018, o presidente esteve internado em hospitais em algumas ocasiões para realizar cirurgias e exames.

A última vez que o ex-presidente foi internado foi em 28 de março do ano passado, quando ele esteve no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, após também sentir um desconforto abdominal — no mesmo dia em que o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu exoneração após a suspeita de corrupção com balcão de negócios do MEC durante a sua gestão. 

A informação também foi confirmada pela mulher do político, Michelle Bolsonaro, em postagem em rede social. 

"Meus queridos, venho informar que o meu marido Jair Bolsonaro se encontra em observação no hospital em razão de um desconforto abdominal decorrente das sequelas da facada que levou em 2018".

A ex-primeira dama pede orações pela saúde de Bolsonaro e também do Brasil. A internação ocorre um dia depois de atos golpistas em Brasília. Manifestantes radicais de direita invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e também a sede do Supremo Tribunal Federal. Houve extenso dano aos prédios, cujo inventário ainda está sendo feito, segundo informações divulgadas na tarde desta segunda-feira pelo ministro da Justiça, Flavio Dino.

O ex-presidente se pronunciou sobre os atos extremados seis horas após o início dos tumultos. Também de Orlando, onde está hospedado, o político publicou em uma rede social que as manifestações radicais fugiam à regra.

Bolsonaro se defendeu de ser responsável por incentivar as ações golpistas, que pediam intervenção federal e a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mais cedo, Lula disse que seu antecessor também é responsável pelos atos de vandalismo que se espalharam por Brasília.

Bolsonaro comparou os atos violentos de ontem a protestos "realizados pela esquerda em 2013 e 2017"". Nos dois protestos usados como comparação pelo ex-presidente não houve invasões das sedes dos três Poderes nem depredações na dimensão como a que ocorreu neste domingo.

"Ao longo do meu mandato, sempre estive dentro das quatro linhas da Constituição respeitando e defendendo as leis, a democracia, a transparência e a nossa sagrada liberdade", escreveu o ex-presidente. "No mais, repudio as acusações, sem provas, a mim atribuídas por parte do atual chefe do executivo do Brasil", completou Bolsonaro.



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