ORÇAMENTO SECRETO
União Brasil em Alagoas usou serviços de empresa envolvida em escândalo com ministro
Juscelino Filho acumula uma série de suspeitas de irregularidades no uso de verbas públicas
Com pouco mais de dois meses de governo, o ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho, já acumula uma série de suspeitas de irregularidades no uso de verbas públicas. Entre elas, o uso de uma empresa de táxi aéreo para supostamente inflar valores e destinar verbas do orçamento secreto que também foi contratada pelo diretório do União Brasil, em Alagoas.
O pagamento para a empresa operar no Maranhão foi feito em 18 de agosto de 2022, com um valor de R$ 11 mil a hora do voo. Como comparação, o valor é mais do que o dobro acertado pelo diretório do União Brasil de Alagoas com a mesma empresa de táxi aéreo. A direção alagoana do partido pagou R$ 400 mil à Rotorfly, sendo R$ 5 mil a hora-voo.
Segundo informações reveladas pelo Estadão, o ministro de Lula apresentou informações falsas à Justiça Eleitoral para pagar com dinheiro público ao menos 23 viagens de helicóptero feitas durante sua campanha a deputado federal, no ano passado. Ao prestar contas, Juscelino informou que todos os voos foram feitos por “três cabos eleitorais”.
Os nomes apresentados por ele, no entanto, são de um casal e de uma filha de dez anos, que moram em São Paulo. A família disse não conhecer o político e não ter qualquer relação com sua campanha.
Juscelino disse à Justiça Eleitoral que a família Andrade fez as 23 viagens pelo Maranhão durante 16 dias, entre agosto e setembro do ano passado.
Segundo sua alegação, o casal e a filha teriam passado por 14 cidades diferentes. Com essa lista falsa, o ministro justificou a transferência de R$ 385 mil do Fundo Eleitoral de sua campanha para a empresa de táxi aéreo Rotorfly. As informações constam no extrato bancário da prestação de contas disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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