DESASTRE AMBIENTAL
Renan pede ao TCU bloqueio dos ativos da Braskem
Senador também solicitou à Comissão de Valores Mobiliários que investigue, antes de uma potencial venda, se a dívida não foi subestimada
O senador Renan Calheiros pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que bloqueie os ativos da petroquímica Braskem “enquanto durarem as incertezas” sobre o tamanho de seu passivo ambiental em Alagoas. A empresa é responsável pelo desastre do afundamento do solo em Maceió, que destruiu cinco bairros e afetou diretamente 60 mil pessoas que tiveram de abandonar seus imóveis residenciais e comerciais.
Renan questiona esse acordo por não ter contado com a participação da Agência Nacional de Mineração (ANM) nem da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), nem da Advocacia-Geral da União (AGU).
O senador pede ao TCU que bloqueie os ativos da empresa, incluindo as ações pertencentes à Novonor (antiga Odebrecht), participação que o conglomerado quer vender. Com a perspectiva de venda, as ações da Braskem tiveram alta recentemente.
Renan pediu também à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que investigue, antes de uma potencial venda, se a dívida ambiental da empresa não foi subestimada. Renan pede ainda ao TCU que determine à ANM, ao CPRM e ao Ministério de Minas e Energia que intervenham nos acordos e peçam que eles sejam anulados, além da abertura de uma investigação.
A informação foi confirmada nesta quinta-feira pelo Metrópoles, na coluna do jornalista Guilherme Amado.