Renan Calheiros propõe medidas para avaliar impactos financeiros da Braskem na Petrobras

O senador Renan Calheiros apresentou uma série de requerimentos à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), como parte de sua recente investida para investigar os impactos financeiros da Braskem na Petrobras, decorrentes de alegadas incorreções na evidenciação de passivos ambientais. As informações foram obtidas através do site da VEJA, e revelam as ações do senador contra o que ele considera subestimação de valores de indenização da Braskem à população afetada em Maceió.

Os requerimentos visam a realização de diligências da CAE para avaliar os impactos financeiros sofridos pela Petrobras devido às questões relacionadas aos passivos ambientais da Braskem. Além disso, Renan Calheiros deseja uma maior supervisão dos atos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no que diz respeito à fiscalização da petroquímica. As proposições ainda aguardam aprovação na CAE.

O senador também alega que a Braskem tem tentado acordos de indenização com a Prefeitura de Maceió, sem que tenha ocorrido até o momento uma avaliação adequada dos reais passivos associados aos danos provocados às famílias, ao Estado e aos Municípios de Alagoas. 

A Braskem, cujos principais acionistas são a Novonor (ex-Odebrecht) e a Petrobras, tem enfrentado críticas relacionadas à alegada subestimação dos valores de indenização para os moradores de cinco bairros de Maceió, que sofreram com afundamentos do solo devido à exploração de sal-gema. 

Renan ainda mencionou que a Braskem pode impactar a dinâmica eleitoral de 2024 e a rivalidade política em Alagoas ao negociar acordos de indenização com a Prefeitura de Maceió sem avaliar de forma apropriada os danos causados. A presença de nomes influentes na política alagoana, como o prefeito João Henrique Caldas e o governador Paulo Dantas, adiciona uma camada adicional de complexidade à situação.