CONGRESSO
Liderada por Lira, reforma eleitoral será 'fatiada' para apressar tramitação
Proposta precisa ser aprovada nas duas casas legislativasO Grupo de Trabalho encarregado de elaborar uma minirreforma eleitoral, liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, decidiu tomar medidas para evitar impasses ao fatiar o texto proposto. Essa iniciativa busca conter os ânimos e acelerar o processo, já que a proposta precisa ser aprovada nas duas casas legislativas e sancionada pela Presidência da República até o dia 6 de outubro para que possa valer nas próximas eleições.
Uma das principais mudanças em discussão envolve a proibição da Justiça bloquear os fundos eleitoral e partidário de qualquer partido, mesmo em casos de desvio de recursos, tornando esses fundos "impenhoráveis". Além disso, magistrados que decidirem de forma contrária a essa medida poderiam ser responsabilizados por abuso de poder. A proposta também aborda a possibilidade de não cassar toda uma chapa em caso de fraude nas cotas femininas.
O relator do Grupo de Trabalho, o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), inicialmente planejava apresentar o texto final da minirreforma mais cedo, mas optou por adiar a divulgação em conjunto com a presidente do Grupo de Trabalho, deputada Dani Cunha (União-RJ). Ambos se reuniram com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e com o relator do novo Código Eleitoral no Senado, Marcelo Castro (MDB-PI), para alinhar as propostas e definir prioridades.
Os membros do Grupo de Trabalho concordaram que é mais prudente ter um texto coeso e abrangente do que uma proposta fragmentada. De acordo com o relator, o texto final apresentará poucas diferenças em relação à versão inicial, com as divergências se concentrando principalmente na redação.