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Rodrigo Cunha vira Lula e define xadrez oligárquico de Alagoas
Senador busca se reinventar para sobreviver na políticaA entrada do senador Rodrigo Cunha (Podemos) na lista de aliados do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - Cunha indicou o advogado Leandro Almeida para o Grupo Executivo de Assistência Patronal (Geap/AL) - é uma guinada na trajetória política do senador.
Em 2018, Cunha subiu em trio elétrico na orla de Maceió numa grande caravana de apoio ao então candidato a presidente da República Jair Bolsonaro (PL), mas nunca assumiu publicamente a adesão ao bolsonarismo, o que lhe valeu votos de todos os espectros, da esquerda à direita.
Aquele ano seria atípico na história brasileira, apesar de misturar elementos manjados como o combate à corrupção. Bolsonaro, com 28 anos de mandatos ininterruptos, foi repaginado como o novo na política nacional, atraindo novos rostos e gente de práticas surradas, incluindo o extremismo de direita.
Tudo parecia justificado, desde que, no fundo, todos fossem contra a bandalheira. A Operação Lava Jato estava no auge, o juiz Sérgio Moro era tratado como um Batman dentro das leis, Lula havia sido condenado à prisão, pelas ruas marchavam políticos e ex -políticos acusados de corrupção agarrados à bandeira do Brasil.
Duas vagas ao Senado estavam em aberto: a de Renan Calheiros (MDB), mais uma vez disputando a reeleição, e Benedito de Lira (PP), pai do presidente da Câmara Arthur Lira (PP).Rodrigo Cunha e o então deputado federal (disputava a reeleição) João Henrique Caldas, o JHC (hoje prefeito de Maceió), encarnavam o novo na política.
Cunha - filho da deputada federal Ceci, assassinada em 16 de novembro de 1998 - vinha de uma trajetória de sucesso: eleito deputado estadual, vestiu a máscara do anti-calheirismo e terminou em primeiro lugar no Senado. Renan ficou em segundo e conseguiu a reeleição.
Durante a campanha, engrenou o também candidato ao Senado Maurício Quintella, depois foi obrigado a frear as aparições do aliado porque havia chances dele tomar a vaga do próprio Renan. Biu de Lira, o “velho” da política, ficou sem mandato.
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