ELEIÇÕES

Argentinos vão às urnas neste domingo para eleger novo presidente

Vencedor do 2° turno eleitoral governará o país por quatro anos
Por Redação 19/11/2023 - 08:19
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Eleições na Argentina
Eleições na Argentina

Neste domingo (19), os argentinos enfrentam um momento crucial enquanto se dirigem às urnas para decidir quem liderará o país nos próximos quatro anos. O segundo turno da eleição presidencial coloca em disputa o atual ministro da Economia, Sergio Massa, representante do partido Unión por la Patria, e o economista ultraliberal Javier Milei, do La Libertad Avanza.

No primeiro turno, ocorrido em 22 de outubro, Massa obteve 36,69% dos votos válidos, enquanto Milei conquistou 29,99%. Essa votação define um cenário acirrado e crucial para o futuro político e econômico do país.

Os dois candidatos apresentam propostas distintas para governar a Argentina, destacando-se em visões antagônicas sobre o papel do Estado na economia e na sociedade. Javier Milei propõe reduzir o Estado ao mínimo, apostando em incentivos ao comércio e às exportações argentinas, além de revisar os valores de igualdade e justiça social na sociedade.

Contrastando com Milei, Sergio Massa defende a manutenção de um Estado forte. Em seu plano econômico, compromete-se a alcançar equilíbrio fiscal, cumprir metas acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e reconstruir rendimentos afetados pela inflação, convertendo planos sociais em empregos para os cidadãos argentinos. Propõe, também, ampliar parcerias comerciais e mercados para atrair divisas ao país, reforçando o papel do Estado como garantidor dos direitos dos cidadãos.

No entanto, a atmosfera política e econômica enfrenta incertezas profundas. A família Cepernic, historicamente peronista, exemplifica um desafio atual: embora continuem com a filiação ao movimento, há um enfraquecimento no apoio ao mesmo. A crise econômica que assola a Argentina, com inflação elevada e um número significativo de pessoas vivendo na pobreza, desafia a confiança no movimento peronista.

Catalina Cepernic, descendente de uma família peronista, expressou dúvidas em relação ao alinhamento político atual. "Em casa, a política sempre esteve presente, mas hoje, não me identifico mais com o peronismo. Não tenho certeza se suas políticas refletem o que meus parentes lutaram todos aqueles anos atrás", ponderou.


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