AMAZÔNIA
Aldo Rebelo condena política do Estado brasileiro para a região
Ex-ministro destaca que fracasso é visível na pobreza, miséria e aumento da criminalidade
O ex-ministro alagoano Aldo Rebelo não poupou críticas ao Estado brasileiro ao afirmar que a política voltada para a Amazônia é um fracasso completo. Para ele, fracassamos com todas as instituições que não são capazes de compatibilizar uma causa justa que é a bandeira do meio ambiente, da preservação das florestas, proteção de quem vive na Amazônia. São mais de 30 milhões de brasileiros que não entram em nenhuma agenda desses “convescotes” internacionais que querem tutelar o país, os brasileiros que não entram nesse cálculo. A análise foi feita durante palestra na PGR, onde Rebelo afirmou que ninguém cuida da questão.
É como, diz ele, se na Amazônia só existisse uma agenda: a do meio ambiente. Ele iniciou a reflexão com um panorama da floresta, que abrange aproximadamente ⅔ do território brasileiro, acolhe 30 milhões de brasileiros que lá vivem entre indígenas, caboclos, ribeirinhos e agricultores. “A Amazônia ostenta a mais rica província mineral do planeta. Em conversa com um geólogo, ele perguntou se eu conhecia a tabela periódica e eu disse que naturalmente. Ele então disse que tudo que tem naquela tabela, tem na Amazônia”, comparou.
E acrescentou que é a maior fronteira de biodiversidade do mundo submetida à rapinagem. É a biopirataria mais vergonhosa praticada pelos países ricos. Rebelo foi além e mostrou que a maior reserva de água doce do mundo disponível está ali, já que o Canadá também tem muita água doce, mas metade do ano congelada e da Amazônia não. “São 360 mil quilômetros quadrados de água doce de superfície, além de 20% da vazão de toda água doce do mundo de um só rio, que é o Amazonas”. Rebelo fez várias críticas e sempre apresentando a grandeza da região. Mostrou que a Amazônia é detentora da maior fábrica de energia que o mundo dispõe, porque ali na bacia de um lado está o planalto central e do outro o planalto da Guianas com todos os rios descendo com suas cachoeiras e declives na direção da bacia amazônica.
E apresentou números. “Só no caso do rio Madeira entre Porto Velho e a fronteira com a Bolívia são 19 cachoeiras, apenas duas utilizadas, a Santo Antônio e Girau. E é nessa mais rica província do planeta que sobre ela vive a população mais pobre do Brasil. Os maiores índices de mortalidade infantil estão na Amazônia, liderando estes índices de mortalidade infantil as populações dos indígenas. Os maiores índices de analfabetismo estão na Amazônia, os maiores índices de doenças infecciosas também entre as populações indígenas.
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