INTERNACIONAL

Gabriel Attal: quem é o premiê mais novo da história da França e o 1º abertamente gay

Nomeação acontece após o pedido de demissão de Élisabeth Borne
Por Redação 09/01/2024 - 18:59
Atualização: 09/01/2024 - 19:32
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DIvulgação
Gabriel Attal
Gabriel Attal

Gabriel Attal assumiu nesta terça-feira, 9, como primeiro-ministro da França, o segundo cargo mais importante do país. Ele tem 34 anos, é abertamente gay e que diz ter sofrido bullying na adolescência.

Attal é ex-ministro de Educação e assume o cargo em substituição de Élisabeth Borne, que pediu demissão do posto na segunda-feira, 8. Ele foi nomeado primeiro-ministro do país pelo presidente francês, Emmanuel Macron.

Na França, país semipresidencialista, o cargo é um posto mais burocrático e com pouco protagonismo na política, sempre liderada pelo presidente.

Attal fez carreira com o Partido Socialista, mas sempre se disse admirador de Macron, que tem adotado políticas conservadoras principalmente em áreas como segurança e imigração. O jovem político já era um rosto conhecido na França: após dois anos como porta-voz do Palácio do Eliseu, assumiu em 2023 o Ministério da Educação.

Attal se tornou o jovem político o primeiro-ministro mais novo da história da França. Sua carreira política começou cedo: aos 17 anos, ele entrou no Partido Socialista francês, e aos 23, passou a integrar a equipe do Ministério da Saúde.

Antes dos 30, Attal foi atraído por ideias liberais do então candidato à presidência Emmanuel Macron e decidiu migrar para o partido que Macron acabava de abrir, o En Marche, atual Renaissance, do qual se tornou deputado.

Na mesma época, ele anunciou a união civil com o então líder do partido de Macron, Stéphane Séjourné. A imprensa francesa especula que Attal e Séjourné se separaram, mas os dois nunca se pronunciaram sobre o suposto término.

A popularidade veio na esteira de propostas polêmicas em escolas. Sua primeira medida à frente da pasta foi proibir o vestido muçulmano abaya nas escolas públicas, angariando simpatia de eleitores conservadores, que olhavam com desconfiança para o ministro oriundo da esquerda.

Em outra proposta, que também causou polêmica, Attal implementou um projeto piloto para uniformizar todos os alunos de escolas públicas da França. O argumento do agora premiê é que o uniforme diminui as chances de bullying.

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