Oposição leva a Lira e Pacheco plano de reação ao STF

Deputados e senadores da oposição anunciaram nesta quinta-feira, 22, a apresentação de uma lista de propostas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em resposta às operações policiais realizadas com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida tem como objetivo coibir buscas da Polícia Federal nas Casas Legislativas, após recentes ações que tiveram como alvos parlamentares bolsonaristas. As informações são do site O Globo. 

A decisão foi tomada após uma reunião realizada em Brasília nesta quarta-feira, onde membros da oposição discutiram estratégias diante das operações policiais que geraram controvérsias. A ação ganhou destaque após o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) ser alvo de uma ação policial, e mais recentemente, com uma nova operação contra o deputado Alexandre Ramagem (PP-RJ).

O clima entre os parlamentares se acirrou, especialmente contra Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, diante da percepção de falta de ação efetiva por parte dos líderes das Casas Legislativas. Integrantes da oposição relataram à coluna que na reunião discutiram dois cenários: um com a colaboração de Pacheco e Lira para enfrentar o Supremo e outro sem. Caso os presidentes da Câmara e do Senado não demonstrem apoio ao grupo, a ideia é realizar todas as formas de obstrução possível ao andamento das Casas.

Dois representantes foram escolhidos para conduzir as conversas com os presidentes das Casas: o senador Rogério Marinho (PL-RN) e o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, expressou sua insatisfação, afirmando que "o (ministro) Alexandre (de Moraes) não respeita o Legislativo como Poder. Isso é culpa do Congresso. O presidente do Congresso (Rodrigo Pacheco) é quem tem que liderar essas ações. O (Arthur) Lira tem que entrar nisso também. Os parlamentares estão se organizando para ir no Lira e no Rodrigo. Do jeito que está não pode, a situação é muito ruim. O Alexandre faz o que quer".