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Expectativa de piora na economia recua de 55% para 32%, diz Quaest

Para 46%, inflação deve ficar menor em 2024; 36% esperam índices estáveis em relação a 2023
Por Assessoria 20/03/2024 - 08:03

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PR/Brasil
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

A primeira rodada de 2024 da pesquisa "O que pensa o mercado financeiro", da Genial/Quaest, mostra aumento da reprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – de 52% para 64% em relação a novembro, quando foi realizada a última pesquisa de 2023 – e melhoria na aprovação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O ministro tinha 43% de aprovação em novembro e agora tem 50%. Para 51% dos executivos de bancos e financeiras entrevistados, Haddad está mais forte.

A simpatia do mercado pelo ministro reflete-se nas expectativas sobre a economia. Apesar de a maioria (71%) avaliar que a política econômica está no rumo errado, a expectativa de piora na economia recuou de 55% para 32%, enquanto para 47%, a situação permanecerá como está. As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) mostram que 32% esperam que em 2024 o resultado fique acima do índice de 1,78% projetado pela pesquisa Focus, do Banco Central. Apenas 10% apostam em um PIB menor. O cenário de inflação também tem viés positivo. 46% esperam redução e 36% estabilidade.

Sobre o Copom desta semana, 73% dos entrevistados esperam a manutenção do guidance de mais dois cortes de juros e apenas 20% acreditam que a taxa terminal será igual ou superior a 9,75%. Na média, os entrevistados projetam uma taxa de 9,26% até o final do ano. Perguntados sobre quem preferiam como sucessor de Roberto Campos Neto, a maioria citou os atuais diretores Paulo Picchetti (26%) e Gabriel Galípolo (21%).

O cenário pode ser afetado pelo que o mercado considera o maior risco do governo Lula: o intervencionismo na economia, apontado por 50% dos entrevistados. Em segundo lugar, vem o estouro da meta fiscal (23%), e a perda de popularidade do presidente (19%). A avaliação do intervencionismo como um risco relevante pode ser explicada pela opinião sobre fatos recentes envolvendo a Petrobras e a Vale.

A decisão da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários aos investidores foi uma decisão errada para 97% dos entrevistados, e terá reflexo negativo na Bolsa de Valores para 85%. No entanto, o mercado espera que a decisão seja revertida: 52% acreditam que a distribuição será feita ainda este ano, contra 29% que esperam a transformação desses recursos em investimentos. 89% avaliam que uma possível interferência do governo na escolha do futuro CEO da Vale poderia afetar os investimentos estrangeiros no Brasil. 57% disseram que as declarações de Lula sobre vale e Petrobras os fizeram mudar sua carteira de investimentos.


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