O presidente Jair Bolsonaro está enfrentando crescente resistência em relação à sua proposta de anistia para os envolvidos nos protestos de 8 de janeiro, conforme revelado por uma pesquisa recente do Datafolha. 

A proposta, que foi lançada durante um evento na Avenida Paulista no final de fevereiro, atraiu críticas até mesmo entre seus apoiadores mais fervorosos, com 53% dos eleitores bolsonaristas rejeitando a ideia, enquanto entre o eleitorado em geral, a rejeição aumenta para 63%.

Além disso, a possível condenação de Bolsonaro em um inquérito relacionado à tentativa de golpe pode levar a um banimento político de até três décadas, representando um golpe significativo em sua influência política. Enquanto isso, o ex-vice-presidente Hamilton Mourão, agora senador, apresentou uma proposta no Senado no ano passado visando conceder anistia aos condenados pelos distúrbios nos prédios dos Três Poderes. 

No entanto, líderes do Senado e da Câmara parecem relutantes em avançar com essa medida, com a opção de arquivamento sendo reforçada pela recente pesquisa do Datafolha.

Essa resistência política ocorre em meio a outros desafios para Bolsonaro, incluindo seus esforços para invalidar a vitória eleitoral do ex-presidente Lula e as crescentes críticas por sua postura em relação aos protestos e à possibilidade de anistia. 

Enquanto o Supremo Tribunal Federal se prepara para enfrentar as questões legais relacionadas a Bolsonaro e suas propostas controversas, a figura do presidente é cada vez mais moldada pela percepção pública, com o debate sobre anistia apenas intensificando as divisões políticas e sociais no país. (Com UOL)