CÂMARA FEDERAL

Paulão acusa perseguição a MST e condena apoio de deputados a grileiros

Segundo Paulão, a maioria parlamentar, alinhada à extrema-direita
Por Redação 22/05/2024 - 10:45

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Mário Agra/Câmara dos Deputados
Paulão durante audiência Pública sobre o cancelamento unilateral dos planos de saúde pelas operadoras
Paulão durante audiência Pública sobre o cancelamento unilateral dos planos de saúde pelas operadoras

O plenário da Câmara aprovou, na noite desta terça-feira, 21, com 336 votos a favor e 120 contrários, um projeto que prevê punições para ocupação de terras e imóveis urbanos no Brasil. O deputado federal Paulão (PT-AL) criticou a medida, classificando-a como perseguição aos movimentos sociais MST e MTST.

Segundo Paulão, a maioria parlamentar, alinhada à extrema-direita, penaliza movimentos sociais enquanto apoia a grilagem de terras. Ele destacou que essas práticas beneficiam a expansão do garimpo ilegal e o tráfico de diamantes, além de favorecer conglomerados de fazendas em terras indígenas, muitas vezes protegidas por milícias armadas e com apoio parlamentar.

“Curioso é que a maioria parlamentar contra o governo e ainda guiada pela agenda da extrema-direita penaliza os movimentos sociais, no entanto, apoia a grilagem de terra em diversas regiões do País para a expansão do garimpo ilegal, do tráfico de diamantes e para a expansão dos conglomerados das grandes fazendas em terras indígenas. Muitas delas com proteção de milícias armadas e apoio parlamentar”, disse o deputado.

Paulão ressaltou que os deputados que votaram pela penalização dos movimentos sociais vêm de famílias abastadas, sem preocupação com a população pobre ou com trabalhadores rurais. Ele criticou a ausência de reforma agrária no Brasil e classificou a aprovação do projeto como um retrocesso.

A proposta do deputado Marcos Pollon (PL-MS) também impede membros dos movimentos sociais de receber auxílios governamentais e de ocupar cargos públicos em caso de ocupação de terras. Paulão declarou nas redes sociais que a Câmara pratica um absurdo contra os trabalhadores, mas garantiu que a defesa dos movimentos agrários continuará, enfatizando sua importância na luta por justiça social e reforma agrária no país.


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