Eleições 2024

Direita alagoana tenta surfar em onda extremista de Pablo Marçal em SP

Alfredo Gaspar, Fábio Costa e Marx Beltrão manifestaram apoio por meio de vídeo nas redes
Por Redação 28/08/2024 - 08:01

ACESSIBILIDADE

Antonio Milena/Fotos Públicas
Candidato Pablo Marçal faz provocaçôes para Boulos,Nunes e Datena
Candidato Pablo Marçal faz provocaçôes para Boulos,Nunes e Datena

A recente decisão liminar da Justiça Eleitoral, que determinou a remoção das redes sociais do candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, resultou em uma onda de apoio por parte de três deputados federais de Alagoas, todos conhecidos por suas posições de extrema-direita.

Os deputados federais de Alagoas, Alfredo Gaspar (UB), Fábio Costa (PP) e Marx Beltrão (PSD), manifestaram apoio a Marçal por meio de vídeos publicados em suas redes sociais, apesar das controvérsias que cercam o candidato, que chegou a ser preso por furto qualificado.

Gaspar, ex-promotor de Justiça, e Costa, delegado licenciado, estão sendo criticados por sua aliança com Marçal, que tem um histórico de envolvimento com práticas questionáveis. 

Já em 2018, o MPF (Ministério Público Federal) de Alagoas ingressou com nove ações por improbidade administrativa contra Beltrão, processos referentes ao período em que ele era prefeito de Coruripe. 

Golpes bancários

Registros do processo que correu na 11ª Vara Federal em Goiânia, na investigação que apurou ações de criminosos condenados por desviar dinheiro de contas bancárias, mostram como foi a atuação do candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) no episódio.

A ação começou em 2005, ocasião em que Marçal chegou a ser preso temporariamente, quando tinha 18 anos. Em 2010, ele foi condenado a quatro anos e cinco meses de reclusão por furto qualificado (artigo 155, do Código Penal) pela Justiça Federal. Um recurso só foi analisado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) em 2018. Em razão da demora para o tribunal apreciar o caso, houve prescrição punitiva - ou seja, Marçal, embora considerado culpado, não cumpriu a pena.

Conforme as investigações, o influenciador trabalhava diretamente para Danilo, líder da organização criminosa, capturando e-mails. Esses endereços eletrônicos eram utilizados pelos golpistas para enviar programas maliciosos que roubavam dados das contas bancárias das vítimas. No entanto, o ex-coach também atuava enviando e-mails que continham malware (software malicioso), sempre com supervisão de Danilo.

Marçal também era responsável por fazer a manutenção dos computadores utilizados pelo grupo para aplicar os golpes. Isso porque, uma vez feita a operação, o dispositivo era infectado e precisava ser formatado.


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