SUCESSÃO

PT fecha apoio a Motta, e PL prepara lista de pedidos a candidato de Lira

Grupo majoritário do PL quer apoiar Morra, mas ala bolsonarista resiste
Por Redação 30/10/2024 - 20:30
Atualização: 30/10/2024 - 20:59

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Marina Ramos / Câmara dos Deputados
Arthur Lira e Hugo Motta
Arthur Lira e Hugo Motta

O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu nesta quarta-feira, 30, apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB) para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na sucessão da presidência da Câmara dos Deputados. Já o Partido Liberal (PL) terminou sua reunião com a bancada sem definição.

Um grupo majoritário do PL quer apoiar Motta, nome do próprio Lira para sua sucessão. Entretanto, a ala bolsonarista defende uma postura mais intransigente na disputa, com uma lista de reivindicações para condicionar o apoio a determinado candidato ou até mesmo uma candidatura própria.

Nesta semana, Lira retirou da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o projeto de lei que propõe a anistia dos bolsonaristas condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos atos de 8 de janeiro, transferindo-o para uma comissão especial. Essa mudança deve atrasar a tramitação do projeto, que é visto como peça fundamental na tentativa de reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro.

A deputada Júlia Zanatta (SC) defendeu o adiamento das discussões para permitir mais tempo para viabilizar uma candidatura favorável à ala bolsonarista. A proposta teve apoio de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e do próprio ex-presidente, mas causou descontentamento em alguns deputados, como Caroline de Toni (SC), presidente da CCJ, que esperava capitalizar politicamente com a aprovação de um projeto muito valorizado pela militância bolsonarista.

Os parlamentares relatam crescente pressão de seus eleitores para aliviar as punições dos condenados, cujas penas chegam a até 17 anos de prisão. Essa insatisfação cresce com a sensação de impotência dos deputados em relação a uma aceleração na tramitação da anistia.

Apesar de Lira ter sinalizado ao PL que a comissão especial poderia emitir um parecer ainda neste ano, e da repetição dessa promessa pelo próprio Bolsonaro na última terça-feira, 29, os parlamentares se mostram céticos quanto à possibilidade de esse prazo ser cumprido.

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