DEBATE

PDT reavalia apoio a Elmar Nascimento após Lira declarar apoio à Hugo Motta

Pedetistas esperam demonstração de força do deputado baiano
Por Redação 30/10/2024 - 16:26

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Mario Agra / Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) está reconsiderando seu apoio ao deputado Elmar Nascimento (União-BA) na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados após Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Casa, declarar apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB). O PDT reuniu sua bancada nesta quarta-feira, 30, quando informou que o presidente em exercício do partido, André Figueiredo (PDT-CE), e o líder da bancada, Afonso Motta (PDT-RS), irão discutir o cenário com Elmar e Lira.

Em julho, o PDT havia formalizado apoio a Elmar, então favorito na corrida para suceder Lira. A decisão foi anunciada pelo próprio Elmar em encontro com a bancada do partido. No entanto, o movimento de Lira em apoio a Motta, oficializado na terça-feira, 29, gerou reações no PDT, partido que conta com 18 deputados. Fontes internas indicam pressão crescente de Lira sobre a legenda para reconsiderar o apoio a Elmar. A avaliação entre membros do PDT é que a candidatura de Elmar pode se enfraquecer caso ele não obtenha apoios adicionais até quinta-feira.

Em resposta à decisão de Lira, Elmar fez críticas à atuação do presidente da Câmara, acusando-o de não manter uma postura imparcial no processo sucessório. Segundo Elmar, Lira deveria anunciar seu voto apenas em janeiro e adotar uma posição mais neutra. Ele também criticou o histórico de Lira como presidente da Câmara durante o governo de Jair Bolsonaro, ao qual atribuiu um alinhamento ao Executivo que teria modificado o regimento para dificultar manobras de obstrução na Casa.

Ainda na reunião da bancada do PDT, o ex-ministro Ciro Gomes não foi tema de debate, embora houvesse rumores de um pedido de saída de Gomes da sigla. Líderes do partido afirmaram que não há intenção de discutir o afastamento de Ciro, cuja posição no partido foi mantida mesmo após uma mobilização interna que veio a público.

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