O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou por uma craniotomia na madrugada desta terça-feira, 10, após ser diagnosticado com um hematoma craniano resultante de um acidente doméstico ocorrido em outubro. De acordo com o boletim médico divulgado, Lula procurou atendimento no hospital de Brasília com queixas de dor de cabeça, e uma ressonância magnética revelou a hemorragia.

Uma fonte do Palácio do Planalto informou que, na tarde de segunda-feira, Lula começou a se sentir indisposto, com a dor de cabeça piorando durante uma reunião com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre emendas parlamentares. Após a reunião, o presidente se dirigiu ao Hospital Sírio-Libanês em Brasília, onde o hematoma foi detectado.

O presidente foi então transferido para São Paulo, chegando à unidade hospitalar por volta das 23h e imediatamente encaminhado para a cirurgia. O boletim médico afirmou que o procedimento foi realizado sem complicações, e que Lula se encontra bem, em monitoramento na UTI.

A queda que resultou no hematoma ocorreu no dia 19 de outubro, quando Lula bateu a cabeça no banheiro do Palácio da Alvorada, necessitando de cinco pontos na nuca. Como consequência do acidente, ele teve que cancelar diversas viagens internacionais, incluindo a cúpula do Brics em Kazan, na Rússia, a cúpula da ONU sobre biodiversidade COP16 na Colômbia, e a cúpula da ONU sobre o clima COP29 no Azerbaijão.

Em 2011, Lula havia sido diagnosticado com câncer de laringe após seu segundo mandato, mas no ano seguinte anunciou a remissão do tumor. Reeleito em 2022 para o cargo, ele é apontado como um provável candidato à reeleição em 2026, quando terá 81 anos.