no zumbi dos palmares
Saiba como foi o momento em que Collor recebeu voz de prisão da PF
Ex-presidente foi interceptado quando se preparava para viajar a Brasília
O ex-presidente e ex-senador por Alagoas, Fernando Collor de Mello, foi preso pela Polícia Federal nas primeiras horas desta sexta-feira, 25, em Maceió. A prisão ocorreu após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o início imediato do cumprimento da pena de 8 anos e 10 meses de prisão imposta ao ex-senador, em um desdobramento da Operação Lava Jato.
Segundo fontes dos EXTRA no aeroporto, Collor foi interceptado por volta das 4h da manhã, no momento em que se preparava para embarcar em um voo com destino a Brasília. Ele estava passando sua mala pelo raio-X no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, quando foi abordado pela Polícia Federal e recebeu voz de prisão.
A defesa de Collor, em nota, informou que o ex-presidente estava se deslocando voluntariamente à capital federal para cumprir espontaneamente a ordem judicial. "O ex-presidente Fernando Collor de Mello encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. São estas as informações que temos até o momento", informou a equipe jurídica.
Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusado de ter recebido cerca de R$ 20 milhões para favorecer contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia, em troca de apoio político para a nomeação e manutenção de diretores na subsidiária da Petrobras. A condenação foi estabelecida em 2023, na Ação Penal (AP) 1025, e envolve os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos.
A decisão de Moraes ocorreu após a rejeição de dois recursos da defesa. O primeiro, embargos de declaração, alegava contradições na fixação da pena. O segundo, embargos infringentes, tentava reduzir a pena com base nos votos vencidos de ministros como André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Moraes descartou o recurso, afirmando que ele só é cabível quando há ao menos quatro votos pela absolvição, o que não ocorreu.
Apesar de ainda não haver deliberação final do plenário, Moraes solicitou que o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, convocasse uma sessão extraordinária virtual para referendar a ordem. A sessão foi marcada para hoje, das 11h às 23h59. A medida, no entanto, não impede o início imediato do cumprimento da pena.