O União Brasil e o Progressistas formalizam nesta terça-feira, 19, em Brasília, a criação da federação União Progressista Brasileira (UPB), que se tornará o maior bloco partidário da Câmara, com 109 deputados, e o segundo maior do Senado, com 15 senadores. A aliança nasce distante do governo Lula e já projetada para 2026, quando deve apoiar uma candidatura de direita à Presidência.

No centro das articulações, o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reforça seu protagonismo nacional. Foi ele quem indicou André Fufuca (PP) ao Ministério do Esporte e Celso Sabino (União Brasil) ao Turismo, em negociações que garantiram presença da nova federação no governo, ainda que de forma pragmática e sem alinhamento automático com o Palácio do Planalto.

A movimentação consolida Lira como peça-chave para as estratégias eleitorais do bloco. Nos bastidores, Lula avalia apoiá-lo como candidato ao Senado por Alagoas em 2026, em uma chapa com seu histórico rival Renan Calheiros (MDB), o que revela a força do cacique alagoano mesmo diante de adversidades locais.

Com acesso a quase R$ 1 bilhão em fundo eleitoral e R$ 197 milhões em fundo partidário anual, a federação também pavimenta a disputa pelo comando nos estados. Lira, ao lado de Ciro Nogueira (PP) e Antônio Rueda (União), deve ser um dos principais articuladores para a definição de candidaturas competitivas em 2026.

O evento de lançamento será realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, e marcará a primeira convenção da federação, com divisão de poder entre os partidos e ajustes nas disputas regionais.