Em mais um embate pelo protagonismo na discussão da isenção do Imposto de Renda, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) voltou a atacar o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), responsável pela relatoria do tema na Casa.

Sem citar nomes, Calheiros afirmou que o projeto de isenção até R$ 5 mil foi aprovado rapidamente no Senado, mas segue travado na Câmara “pelos mesmos defensores da blindagem e da anistia”.

A declaração veio após Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto de dosimetria das penas do 8 de Janeiro, condicionar a votação da isenção do IR à apreciação de seu texto.

Enquanto a Câmara negocia o projeto enviado pelo governo Lula em março, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, presidida por Renan, resgatou uma proposta de 2019 de Eduardo Braga (MDB-AM) e aprovou a isenção em caráter terminativo. O movimento foi visto como pressão sobre Lira, que marcou para 1º de outubro a votação do relatório elaborado na Câmara.

Nas redes sociais, Lira reagiu às críticas e disse ser “reprovável que oportunistas queiram fazer politicagem com o projeto de isenção do IR”, defendendo que seu texto foi construído com diálogo e consenso.