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Renan Filho diz que oposição evita combater o “colarinho branco”

Debate sobre PEC expõe divergências entre Planalto e lideranças da direita
Por Redação 05/11/2025 - 06:51
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Reprodução
Renan Filho durante entrevista
Renan Filho durante entrevista

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), voltou a criticar lideranças da direita e afirmou que setores da oposição “preferem não enfrentar os criminosos do andar de cima”. A declaração foi feita em vídeo publicado nas redes sociais, em resposta às críticas do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), sobre a proposta do governo federal para a área de segurança pública.

Renan defendeu a PEC da Segurança Pública, apresentada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca integrar as forças policiais e fortalecer a inteligência no combate ao crime organizado. Segundo ele, a direita evita enfrentar os criminosos mais poderosos, os chamados “de colarinho branco”. “Parece que, para essa turma, quando o criminoso veste terno e gravata, o combate perde força”, afirmou o ministro.

O ministro destacou que a prioridade do governo é cortar o financiamento da violência, atingindo as estruturas econômicas que sustentam facções criminosas. Ele ressaltou que o enfrentamento ao crime deve ir além das operações ostensivas e envolver ações coordenadas contra quem movimenta recursos ilícitos. “Se não cortar o dinheiro, a violência volta. O dinheiro compra outro fuzil, arregimenta outro bandido e domina de novo o território”, declarou.

Renan citou como exemplo a Operação Carbono Oculto, conduzida pelo governo federal, que desarticulou o núcleo financeiro de uma das principais facções criminosas do país. Ele classificou a ação como “cirúrgica e necessária”, destacando que o foco foi o núcleo empresarial e financeiro das atividades ilícitas. O ministro também criticou a postura de governadores da oposição que formam consórcios regionais, como Caiado, em vez de apoiar a proposta nacional de integração.

“Por que criar estruturas sem força institucional e resistir a uma medida que realmente integra o Brasil?”, questionou. Renan Filho afirmou ainda que a direita “segue presa à Bolsonaro-dependência” e carece de um projeto nacional para segurança pública. Segundo ele, o caminho para enfrentar o crime passa por inteligência, integração e enfrentamento financeiro.


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