Enviado dos EUA se reunirá com chanceler iraniano em Omã em meio às tensões sobre programa nuclear

O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, e o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, devem se reunir no próximo domingo (15), em Mascate, capital do Omã, para discutir a resposta de Teerã à recente proposta de Washington sobre o programa nuclear do país, informou o portal Axios, citando uma autoridade norte-americana.
Segundo a publicação, o Irã ainda não respondeu à proposta dos EUA, o que torna cada vez menos provável a realização da sexta rodada de negociações conforme o previsto.
No início da semana, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmaeil Baqaei, afirmou que a proposta apresentada por Washington não continha pontos concretos e não refletia o conteúdo das cinco rodadas de negociações entre o Irã e os EUA.
"Apresentaremos nossa proposta aos EUA via Omã assim que for finalizada. Claramente, é do interesse dos EUA considerar seriamente essa proposta", disse Baqaei na data.
Entre os pleitos do país, está a continuidade enriquecimento de urânio, bem como medidas destinadas a acalmar as preocupações de Washington sobre o programa nuclear iraniano em troca da remoção das sanções.
Na quarta-feira passada (4), o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou que as propostas relativas ao acordo nuclear apresentadas pelos EUA vão contra os interesses do Irã.
Trump acredita na conclusão do acordo nuclear
Já o presidente norte-americano Donald Trump na última terça (10) durante telefonema com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu que acredita na possibilidade de concluir um acordo nuclear com o Irã e se opõe ao uso de ações militares no momento.
Desde o dia 12 de abril, o Irã e os EUA realizaram cinco rodadas de negociações indiretas mediadas por Omã.
As negociações começaram depois que Trump enviou uma carta ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei, no início de março, oferecendo um novo acordo sobre o programa nuclear da república islâmica e ameaçando-o com força militar caso os esforços diplomáticos fracassassem. O Irã rejeitou negociações diretas, mas concordou com um diálogo indireto.
Por Sputinik Brasil