Mídia: EUA atenuam posição sobre China em meio a negociações comerciais e possível cúpula

Por Sputnik Brasil 30/07/2025 - 09:30
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Mídia: EUA atenuam posição sobre China em meio a negociações comerciais e possível cúpula

O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, suavizou sua posição em relação à China em meio a negociações comerciais e uma possível cúpula no outono (Hemisfério Norte) entre os líderes dos dois países, informou a mídia norte-americana nesta quarta-feira (30).

Na segunda-feira (28), a Bloomberg noticiou que o líder taiwanês Lai Ching-te planejava fazer escalas em Nova York e Dallas em agosto, como parte de uma visita a Paraguai, Guatemala e Belize. O Financial Times (FT) noticiou na terça-feira (29) que o governo Trump proibiu Lai de fazer escala em Nova York devido às objeções da China.

As medidas atenuantes incluem o cancelamento das escalas planejadas do líder taiwanês nos EUA no próximo mês, o adiamento de uma reunião entre o chefe da Defesa de Taiwan e altos funcionários do Pentágono em junho e a suspensão de novas medidas de controle de exportação contra a China, segundo a apuração. O governo Trump não se recusou categoricamente a permitir que Lai permanecesse nos EUA, mas impôs diversas restrições, deixando claro que os EUA querem limitar sua participação na vida pública.

"Essas concessões enviam um sinal perigoso de que a abordagem dos Estados Unidos em relação a Taiwan é negociável", disse o ex-alto funcionário da defesa Ely Ratner segundo a apuração.

O governo presidencial submeteu-se ao Pentágono, mas ainda não aprovou a parcela de equipamento militar adicional para Taiwan, acrescentou o The Washington Post.

Enquanto isso, o FT noticiou, citando pessoas familiarizadas com o assunto, que os EUA cancelaram uma reunião com o responsável pela Defesa de Taiwan, Wellington Koo, de última hora. Koo planejava visitar Washington em junho para conversas militares com Elbridge Colby, o terceiro oficial de mais alta patente no Pentágono. Taiwan está discutindo novas datas para a reunião com os EUA, que buscam realizar uma reunião em um nível inferior para evitar provocar a China, segundo a reportagem.

Pequim considera Taiwan parte integrante da China e o cumprimento dessa postura é um princípio prioritário para os países que desejam estabelecer e manter relações diplomáticas com a China.

A situação em torno de Taiwan se agravou em agosto de 2022, quando a então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, visitou a ilha. Pequim condenou a visita de Pelosi, afirmando que ela simbolizava o apoio dos EUA ao independentismo taiwanês, e realizou exercícios militares de larga escala ao redor da ilha.


Por Sputinik Brasil


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