Jogo pesado

 Em 2018 Alagoas terá uma eleição com pouco dinheiro, muita cobrança do eleitor e a Lava Jato nos calcanhares de vários candidatos. Quem sobreviver até lá terá que se compor com os Calheiros ou estará fora do jogo. 

Nesse barco deverão estar Ronaldo Lessa, Marx Beltrão e Téo Vilela, sob o comando do senador Renan Calheiros e do filho governador, cuja reeleição ninguém questiona, sobretudo com Rui Palmeira fora da disputa. 

Vilela, Marx e Lessa aspiram disputar as duas vagas de senador, ocupadas por Renan Calheiros e Benedito de Lira, que tentarão a reeleição. Dos cinco candidatos, três sobrarão e para não ficar sem mandatos, terão que se aliar ao grupo mais forte. 

Deputado Ronaldo Lessa, ministro Marx Beltrão e ex-governador Téo Vilela vão disputar as eleições - Foto: Divulgação

Nessas circunstâncias, para acomodar todos os interesses em jogo, o grupo deve repetir o acordão político de 2014 que garantiu a vitória de Renan Filho ao governo e a reeleição do senador Fernando Collor, cujo mandato vai até 2022. 

No fundo, Lessa e Marx Beltrão estão jogando alto para garantir a reeleição à Câmara Federal, enquanto Biu de Lira, que está preocupado em reeleger o filho Arthur, pode até disputar uma vaga na Assembleia estadual. 

Ajustadas todas as contas, as duas vagas no Senado deverão ficar com Renan Calheiros e Téo Vilela, tudo dentro do cronograma traçado em 2014, e que deverá prevalecer na próxima eleição. 

A única pedra no caminho – se pedra houver - atende pelo nome de Fernando Affonso Collor de Mello.