Política predatória não deixa recursos chegarem à base da pirâmide Social

Vivendo de sonhos

Desde que Fernando Collor se elegeu presidente da República, Alagoas alimenta o sonho de sair da condição de estado mais pobre da Federação pela via do crescimento econômico e desenvolvimento social. Collor passou, a miséria continuou, mas o sonho não acabou.

Dados oficiais revelam que o Governo Collor mandou montanhas de dinheiro para Alagoas, mas a grana nunca chegou à base da pirâmide social, enquanto os ricos ficaram mais ricos e os pobres mais pobres. Foi assim também nos governos seguintes, mesmo com a importância política que Alagoas sempre teve desde o início da República. 

Agora, com a volta de Lula ao Governo, vende-se a ilusão de que o Novo PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – vai investir dezenas de bilhões de reais em casas populares e obras de infraestrutura para atender os mais necessitados. Assim como o PAC 1 e o PAC 2 foram uma ficção, esse PAC 3 tem tudo para ser um novo fiasco. 

 A julgar pela guerra sem trégua entre seus caciques pela divisão do butim, Alagoas dificilmente se unirá em favor dos mais pobres. Interessa aos políticos manter seus currais eleitorais que lhes garantem o mandato e o poder em prol de seus interesses pessoais. O povo que se dane. 

Dois séculos depois de sua independência, Alagoas se mantém na rabeira dos estados mais pobres, com metade de sua população vivendo do Bolsa Família e de outras migalhas oficiais. Mas o sonho continua e a cada eleição o povo acredita que agora será diferente.