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Fim de reinado

18/09/2024 - 09:02

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Lula Marques/ Agência Brasil
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira

O projeto de Arthur Lira de fazer o sucessor na presidência da Câmara dos Deputados – para manter o controle do Centrão – entrou em ebulição e deve virar fumaça junto com o sonho de se eleger senador em 2026.

Sem conseguir emplacar o deputado Elmo Nascimento como seu candidato, Lira abandonou o “amigo” e abraçou a candidatura do paraibano Hugo Motta, que tem o aval de Lula e de Bolsonaro, mas é visto com desconfiança pela turma do Centrão. A reviravolta deixou o blocão de fisiologistas de cabelo em pé.

“Eu acho que o Arthur perdeu o controle da eleição por essas besteiras que ele anda fazendo. O Elmar, que era o cara mais fiel a ele, foi abandonado. Tem muita merda pela frente ainda”, disse um dos membros do Centrão à Coluna Radar, de Veja.

Pelos cálculos desses deputados clientelistas, Elmar Nascimento já está garantido pelo menos para um 2º turno nas eleições de fevereiro do ano que vem. Mas dificilmente vencerá o candidato de Lula e de Bolsonaro e "novo amigo” de Arthur Lira.

"O medo dos deputados do Centrão é perder tudo que a Câmara conquistou nos últimos anos”, disse um dos deputados que pediu para não ter o nome revelado. Qualquer banana que se coloque para o Hugo Motta escorregar, o Lula vai passar a mão na bunda do cara, ainda mais tendo sido construído dentro do Planalto”, destacou.

Nocauteado no primeiro round, o presidente da Câmara correu para os braços de Hugo Motta, que tem trânsito livre entre petistas e bolsonaristas. Mas se eleito, Motta não será pau mandado de Lira, cujo reinado começou a ruir ao abandonar a candidatura de Elmar Nascimento. Qualquer que seja o resultado da disputa, Lira terá que entregar os anéis para preservar a mão grande. Rei morto, rei posto.


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