Conteúdo do impresso Edição 1259

RIO LARGO

Proprietários de imóveis inacabados cobram posicionamento de construtora

Eles ameaçam ir à Justiça por falta de transparência da GA Imóveis
Por MARIA SALÉSIA 30/03/2024 - 06:00

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Reprodução/instagram
Postagens da construtora em seu perfil do Instagram
Postagens da construtora em seu perfil do Instagram

O clima é de revolta para alguns clientes que compraram imóveis nos residenciais Maranata I, II, III e no Vale do Sol, em Rio Largo, Alagoas. A insatisfação é com a Construtora GA, por, segundo relatos, demora na assinatura do contrato e até atraso nas obras.

Para discutir o problema e buscar solução amigável, já que afirmam que estão “aqui para cobrar e não atacar a construtora, pois são clientes e só querem notícias e respostas”, foi criado um grupo no WhatsApp. Lá, falam da angústia e incerteza, que apenas a minoria assinou contrato, que quando perguntado ao corretor ele passa o problema para a construtora e a Caixa Econômica Federal, entre outros questionamentos.

Tem ainda o “Maranata Ordinário”, no Instagram. Os relatos são tímidos, mas alguém afirma que para assinar com a Caixa foi um perrengue. Que todos os dias enviava mensagem para a corretora, até que saiu a assinatura. Outros não tiveram essa sorte. Há quem diga que quem comprou no Vale do Sol está em atraso em tudo. Inclusive, há mais de um ano aguarda para assinar com a Caixa. E sobre a demora na obra e prazo, a reclamação é com relação ao tempo de entrega, que é de 12 a 18 meses a partir do início da obra, “logo após assinatura coma Caixa”. 

Quem adquiriu o imóvel no Residencial Maranata I diz que é um absurdo a demora e que enquanto não assinam com a Caixa para eles está bom. É que assim, diz, o prazo de entrega ainda nem está contando. 

Sem querer se expor, uma seguidora da conta afirmou que assinou com a GA Construtora em agosto de 2023 e até agora não assinou contrato com a Caixa. Segundo ela, eles (construtores) falaram que depois de assinado com a construtora o prazo seria de até quatro meses para a Caixa ligar. “Porém, até agora nada. E as obras estão paradas, tanto do Vale do Sol, quanto do Maranata I e II”, afirmou. E completou que quando assinou com a construtora foi informada que em dezembro as casas seriam inauguradas, mas “pelo andar da carruagem” acha difícil.

Ainda segundo o relato referente à assinatura da Caixa para o Maranata II, “eles informaram que a Caixa vai chamar em junho próximo, mas quem garante?”. E, acrescenta: “Daqui a pouco começa o inverno, tenho quase certeza que isso é mentira”. 

O OUTRO LADO

Em sua conta do Instagram – gaconstrutora.al – a construtora apresentou atualização dos empreendimentos Maranata I,II, II e Vale do Sol I. Execução da rede de drenagem para águas pluviais. Mas as críticas nos comentários vão desde “não estou vendo evolução nenhuma do Maranata I. Do mesmo jeito de dois meses. Estamos pagando taxa de obras e as casas estão do mesmo mês”. Outro, “tá parado mesmo. Até o mato tá invadindo as casas”.

Em outra postagem de atualização das obras de cinco semanas atrás, em que apresenta finalização de terraplenagem, execução de rede de drenagem e pavimentação, alguém comentou que a obra do Vale do Sol “está um pouco devagar por ser um dos primeiros empreendimentos”. E tem quem acrescente: “Tá é parado. Só cobranças, taxas e mais taxas e nada de obra”. E mais: “Vale do Sol, previsão de entrega junho 2024. Mudou para junho de 2025. Agora vai começar de fato”. “Atualizações de obras: obras do mesmo jeito”. “Eu já pago há cinco meses e nem começou fazer a minha no Maranata I”. “Tá precisando começar o reboco e os telhados. Há tempos que estão nesta altura as casas”. “Verdade. Um ano só para levantar paredes”. 

Um representante da construtora, que se identificou como Geraldo Alves, disse ao EXTRA que repassasse o contato dos reclamantes para que ele entrasse em contato com todos. E enviou o endereço do canal de atendimento, divulgado no Instagram da empresa. “Se alguém tiver dificuldade de comunicação, aí pode passar o contato (das pessoas que falaram que não conseguiram fechar contrato) que procuramos”. 

Enquanto isso, o impasse continua e os clientes cobram providências imediatas.


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