MARCA HISTÓRICA
CRB atinge terceira maior sequência de finais consecutivas entre clubes brasileiros
Virada contra o ASA marcou o tetracampeonato do Galo da Praia na 14ª final seguida do Alagoano
Desde 2012, o CRB não sabe o que é ficar de fora de uma final do Campeonato Alagoano. Durante esse período, conquistou 10 títulos dos 14 que disputou e se manteve como um dos protagonistas do futebol alagoano, ao lado de CSA e ASA.
O clube já havia sido recordista do estado em outra oportunidade, ao disputar 20 finais consecutivas entre 1968 e 1987. Com a atual conquista em cima do ASA, o Galo se consagrou tetracampeão alagoano, conquistando seu 35º título estadual.
Com essa nova marca, o Galo da Praia fica atrás do Atlético Mineiro, que também disputou 19 finais seguidas do Campeonato Mineiro, entre 2007 e 2025. Além do Galo Mineiro, o Regatas também busca bater o recorde do Rio Branco-AC, que esteve em 18 decisões seguidas do Campeonato Acreano (2000 a 2018). O Remo é que lidera a estatística geral com 29 finais consecutivas entre 1945 e 1973.
EMOÇÃO E O TETRACAMPEONATO
No primeiro jogo da finalíssima, o sonho do torcedor alvinegro de ver o clube campeão alagoano depois de 14 anos parecia cada vez mais perto. O ASA abriu 2 a 0 de vantagem, gols de Júnior Viçosa e Thiago Alagoano, mas o Regatas foi buscar o empate entre os 23 e 29 do segundo tempo.
O segundo jogo da decisão foi marcado com uma mistura de sentimentos. Tensão e emoção ecoaram nos corações dos torcedores que estavam presentes no Estádio Rei Pelé. A partida começou com o ASA abrindo o placar aos 23 minutos do primeiro tempo, com gol de Júnior Viçosa em um lance de cabeça sem chances para o goleiro Matheus Albino.
Já nos acréscimos, Anselmo Ramon mostrou oportunismo na pequena área e empatou o duelo com um gol de barriga. Nos minutos finais, quando o clássico se encaminhava para os pênaltis, Henri cruzou da direita, o goleiro do Fantasma ficou no meio do caminho e Higor Meritão fez o gol do tetra de cabeça.
A torcida regatiana foi à loucura com a virada nos acréscimos. Matheus Vinicius, regatiano desde criança, descreveu como foi acompanhar mais uma final do CRB.
‘’Euforia descreve bem, depois de mais um jogo emocionante, vibrante no segundo tempo depois de um primeiro tempo morno, acredito que esses 90 minutos mostraram bem a paixão de ser torcedor e comemorar algo tão esperado há tanto tempo. Como torcedor, esperava sim um bom resultado, na base da sorte e do individualismo de algumas peças do elenco, mas bateu o desespero de pensar que o tetracampeonato não viria’’.
Perguntado sobre as expectativas do time alagoano para o ano de 2025, Matheus espera que o CRB conquiste voos maiores e principalmente o acesso.
“Visto o desempenho pífio do ano passado na Série B do Brasileiro, a expectativa é chegar o mais longe possível na Copa do Nordeste e ir até onde puder na Copa do Brasil, para tentar que esse ano seja tranquilo, sem sufoco e sem riscos de queda’’, completou.
A final do Campeonato Alagoano contou com a utilização do árbitro assistente de vídeo (VAR) em lances polêmicos decisivos. Em um dos momentos, o árbitro confirmou um gol do CRB após consulta ao VAR, mas posteriormente voltou atrás na decisão.
O CRB agora muda o foco para a continuidade na Copa do Nordeste e no início da Série B. Vale lembrar que o Galo possui o maior número de participações na Segundona da história, totalizando 33 edições disputadas.
Desde sua primeira aparição na segunda divisão, o clube esteve presente em diferentes formatos da competição, enfrentando mudanças no regulamento e no sistema de acesso. Ao longo dos anos, o CRB acumulou campanhas que variaram entre disputas pelo acesso e pela permanência na divisão. A marca coloca o clube entre os times mais recentes da história da Série B.