Conteúdo do impresso Edição 1308

XADREZ POLÍTICO

Chapão do MDB veta ex-prefeitos que miram Assembleia em 2026

Aliados tentam acomodar nomes a partidos aliados, mas há desentendimentos
Por ODILON RIOS 29/03/2025 - 06:00
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Divulgação
Ex-prefeito de União dos Palmares, Kil Freitas foi nomeado presidente da Emater
Ex-prefeito de União dos Palmares, Kil Freitas foi nomeado presidente da Emater

No palco das composições do Palácio República dos Palmares, o chapão do MDB promete endurecer o jogo para quem quer disputar a reeleição pelo partido na Assembleia Legislativa ou, no caso dos sem mandato e muitos votos, quem quer alcançar pela primeira vez uma vaga na Casa de Tavares Bastos.

Neste darwinismo político-eleitoral sobrevivem os mais fortes, que brigam com gente tão ou mais poderosa. O resultado é conhecido: muitos dormem eleitos e acordam no outro dia sem mandato.

Em 2022, o MDB elegeu ou reelegeu 14 deputados. Em 2026, a tarefa é ainda mais ousada porque o líder do partido, o senador Renan Calheiros (MDB), disputará sua quarta reeleição. E vai enfrentar o deputado federal Arthur Lira (PP), tratado como o segundo voto entre alguns do ‘grupo dos 14’.

Porém, nem todos querem permanecer neste chapão. E se ficam, não aceitam novos nomes com chance de vitória. Isso porque, da forma como as coisas estão, quem hoje está no grupo precisa de ao menos 35 mil votos nas próximas eleições. Levando em conta o pleito passado, dos 14 parlamentares do MDB, 12 conseguiram ultrapassar esta votação.

Dois ex-prefeitos filiados ao MDB são candidatos a deputado estadual e prometem arrastar pelo menos 40 mil votos. E estão vetados no grupo dos 14: Kil Freitas (União dos Palmares) e Júlio Cezar (Palmeira dos Índios). Cezar admite ao EXTRA negociar espaço em outros partidos da base do governo. Um deles é o PT. Mas, segundo apurou a reportagem, PT e PV devem vetar o futuro secretário do Governo Paulo Dantas. Os partidos têm Ronaldo Medeiros e Silvio Camelo nas projeções para reeleição.

Solução, apontam aliados do governador, é ajustar ambos ao PSB ou PDT. Posição que também não agrada outros grupos palacianos.


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