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Famílias têm optado pelo consumo de itens prioritários
Conforme pesquisa divulgada recentemente pelo Instituto Fecomércio, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o endividamento e inadimplência da capital apontam redução.
Por outro lado, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), em Maceió, em outubro, apresenta redução persistente, desde fevereiro, ou seja, as famílias apertam o cinto a fim de reduzir as dívidas e consumirem apenas o essencial.
Entre as prioridades, a manutenção da residência, alimentação, educação e produtos de primeira necessidade em geral.
De acordo com a análise do assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, o momento de reequilíbrio persiste desde fevereiro, ápice do consumo na capital (94 pontos).
Em outubro, os dados apontam 74,2 pontos em relação à demanda dos cidadãos. Quando comparado com setembro, a redução é de 1% contra o melhor mês do ano, fevereiro, a redução é de 21%.
“Como de fevereiro até o mês de agosto, os dados de empregabilidade foram todos negativos, as famílias e indivíduos tiveram de se segurar e utilizar a poupança e o FGTS inativo para reduzir as contas e manter suas famílias”, avaliou o assessor.
A atividade produtiva retoma a suas atividades e a renda volta a aumentar, o que alivia a pressão e permite o consumo, pois o endividamento e inadimplência também estão em baixa.
Como os dados do Caged/MTE apontou a recuperação dos postos em setembro, a segurança de manutenção com o Emprego Atual aumentou 1% em relação ao mês de setembro.
Contudo, os dados sobre melhora da Perspectiva Profissional ainda são declinantes, 2,2% ante o mês anterior. Os cidadãos ainda não estão confiantes sobre a melhoria de salários e ascensão vertical nas empresas.
No que tange a renda, como a taxa de desemprego é ainda bastante alta (17,1% na capital), a renda é apenas suficiente para o consumo de primeira necessidade e para quitação das dívidas, mesmo com a inflação cedendo e obtendo deflação em alguns segmentos, os consumidores ainda têm a sensação de que seu poder de compra é menor (na capital) e esse sentimento é 3,7% menor quando comparado com o mesmo mês do ano passado.
O acesso ao crédito apresentou variação positiva este mês, após três meses de queda. A facilidade de obter crédito, entre setembro e outubro, foi 9,7% superior em relação aos meses de agosto/setembro. O final de ano e o retorno do emprego ajudam os consumidores obterem crédito e a consumir até dezembro.
Embora Alagoas tenha apresentado alta de 7,7% do volume de vendas em relação ao ano passado, Maceió amarga redução de 2,4% do Consumo Atual, demonstrando que não tem sido um centro dinâmico na composição do aumento de mercadorias vendidas no Estado, sendo possivelmente Arapiraca o eixo nesse período.
Em geral, o consumidor ainda está mais seguro para o consumo. O cenário ajuda, mas de forma tímida com a volta do emprego para o maceioense e o aumento da renda que sinalizam para um momento melhor do que o Natal passado.
Os dados foram colhidos nos últimos 10 dias de setembro. Foram entrevistados 500 consumidores em diversos pontos de comércio da capital alagoana. A pesquisa completa está disponível no endereço www.fecomercio-al.com.br/instituto.