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Ex-presidentes: Collor lidera gastos com benefícios no 1º semestre
Despesas com equipes, veículos e viagens de ex-líderes somaram R$ 3,65 milhões
Ex-presidentes do Brasil contam com benefícios garantidos por lei, que incluem equipes de servidores, veículos oficiais e suporte para atividades pós-mandato. No primeiro semestre de 2025, as despesas totais com esses benefícios somaram R$ 3,65 milhões, segundo dados oficiais da Presidência da República.
Entre os ex-presidentes, Fernando Collor de Mello lidera o ranking de gastos, com R$ 931,5 mil, seguido por Dilma Rousseff, com R$ 862,5 mil. Collor teve uma equipe de sete servidores, com gastos que incluem R$ 412,4 mil em salários, R$ 259,5 mil em passagens nacionais, R$ 198,4 mil em diárias no país e R$ 20,6 mil em veículos e combustíveis.
Dilma Rousseff, que desde abril de 2023 comanda o Novo Banco de Desenvolvimento, na China, gastou R$ 408,7 mil em salários, R$ 130,8 mil em ajuda de custo para pessoal civil, R$ 129,2 mil em missões no exterior, além de despesas com passagens, diárias e indenizações internacionais, totalizando R$ 862,5 mil.
O ex-presidente Michel Temer aparece em terceiro lugar, com R$ 554,4 mil gastos na manutenção de sua equipe de oito servidores, incluindo R$ 421,2 mil em salários e despesas com diárias e passagens para o exterior. Jair Bolsonaro teve despesas de R$ 521 mil com sua equipe de oito servidores, entre salários, passagens e diárias nacionais e custos com manutenção de veículos.
José Sarney gastou R$ 410,5 mil com sua equipe de sete servidores, principalmente com salários, diárias e veículos. Por fim, Fernando Henrique Cardoso teve o menor gasto entre os ex-presidentes, com R$ 368,8 mil, destinados majoritariamente a salários e manutenção veicular.
A lei que regula esses benefícios, em vigor desde 1986, assegura aos ex-presidentes uma estrutura de apoio composta por até oito servidores e dois veículos oficiais, com despesas custeadas pela Presidência da República.
Embora os ex-presidentes não recebam salário ou pensão vitalícia desde a Constituição de 1988, os custos com suas equipes são considerados auxílios financeiros para diárias, viagens, segurança e telecomunicações, e devem respeitar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.