CONTRA REDUÇÃO SALARIAL
Hoje, a notícia é a greve dos jornalistas!
Jornalistas de Alagoas entram em greve por tempo indeterminado
Começou na madrugada desta terça-feira, 25, a greve por tempo indeterminado dos jornalistas de Alagoas.
A categoria luta contra a redução de 40% do salário tão almejada pelos empresários da comunicação do estado.
O primeiro manifesto foi às 4h da manhã em frente à TV Gazeta, filiada à Rede Globo, localizada no bairro do Farol, em Maceió.

A categoria também realizou protestos em frente à TV Ponta Verde e ao Grupo Pajuçara de Comunicação.
Em frente às redações, os profissionais da comunicação reforçaram seu grito de guerra: "hoje a notícia é a greve dos jornalistas".
A luta dos jornalistas recebeu o apoio de diversas autoridades, como o senador Rodrigo Cunha (PSDB) e entidades de Alagoas.
Para o ex-diretor do Departamento de Trânsito de Alagoas (Detran), o advogado Antônio Carlos Gouveia, a redução de salários é descabida.
"Quero acreditar que esses obstáculos serão superados mantendo firme o diálogo e a coerência para vermos em futuro próximo tudo isso superado", disse em vídeo que circula nas redes sociais.
Em nota, a Diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) se solidarizou com a categoria dos jornalistas de Alagoas.
"Propostas como estas [redução salarial] pretendem tão somente aumentar o lucro dos monopólios da comunicação, em detrimento da dignidade e das condições de trabalho dos profissionais que exercem a necessária atividade do jornalismo", destacou.
O procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, também deu seu posicionamento: "Nesse momento, onde as fake news ameaçam a democracia é preciso valorizar o papel do jornalista.A redução salarial nunca será a melhor solução".
Para o governador de Alagoas, Renan Filho, qualquer redução de salário que venha ocorrer não é correta. "O cidadão se prepara para a renda que ele tem e a renda reduzir em 40%? Às vezes, em determinados momentos de crise, talvez não ter aumento é algo discutível”, afirmou.
O delegado e jornalista Sidney Tenório é outro que aderiu a causa: "Fui jornalista durante 12 anos e o piso salarial foi uma conquista árdua. Nossa categoria merece respeito".
Maria Valéria Costa Correia, reitora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em nota, enfatizou que "o corte de 40% no piso salarial dos jornalistas deve ser combatido e repudiado com a mesma intensidade que qualquer outro ataque estrutural aos trabalhadores desse país".