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Painel de fotos de pessoas desaparecidas
Alagoas registrou no ano passado um percentual 18% menor de pessoas desaparecidas em relação a 2019. As informações dos órgãos de segurança pública no estado revelam que 466 pessoas, uma taxa correspondente a 13,9 cidadãos por mil habitantes, deixaram de enviar notícias e tinham paradeiro desconhecido pelos familiares, amigos e no grupo de trabalho. No ano anterior, o desaparecimento chegou a 566 pessoas (taxa de 17,0 por mil/hab).
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública indica que em 2020 o estado apresentou o 8º menor registro de desaparecidos no país e o 5º menor do Nordeste, ficando acima apenas do Acre (191 pessoas), Amapá (129), Paraíba (80), Piauí (307), Rio Grande do Norte 9223), Roraima (129) Sergipe (232) e Tocantins (248 pessoas). No cenário nacional, a Paraíba tem o menor número notificado de vítimas de desaparecimento.
O Brasil carrega a marca de 62.857 pessoas desaparecidas no ano passado, o que corresponde a 29,7 pessoas por grupo de mil habitantes. São Paulo é o recordista neste tipo de tragédia familiar: 18.342 pessoas sumidas em 2020, quase o triplo de desaparecimentos registrado por Minas Gerais (6.835), o segundo colocado. Em seguida estão Rio Grande do Sul (6.202) e Paraná (5.377 pessoas).
Neste quesito de violência, o Anuário também apontou número de pessoas localizadas vivas ou mortas. Entretanto, as informações fornecidas pelos estados não indicam se o encontro está ou não vinculado a eventos de desaparecimento previamente reportados nem a qual ano se refere o sumiço. Segundo nota técnica do levantamento, não é possível saber em qual ano a pessoa encontrada, mesmo morta, desapareceu.
Dessa forma, os registros de pessoas localizadas nos anos de 2019 e 2020 não correspondem necessariamente aos casos de pessoas desaparecidas registrados no mesmo período. Em Alagoas foram localizadas 34 pessoas em 2019 e 43 em 2020.
Programa PLID
Em Alagoas, o Ministério Público implantou o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidas de Alagoas (PLID), que realiza o cadastro dos desaparecimentos num banco de dados nacional, chamado SINALID – Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos. Com isso, é possível cruzar informações provenientes de diversos órgãos, ajudando na busca de pessoas em situação de desaparecimento, e/ou identificação de pessoas com indicativo de desaparecimento.
O PLID/ Alagoas é integrado pela coordenadora, a promotora de Justiça Marluce Falcão, o promotor de Justiça Ubirajara Ramos, o servidor Thomaz Fireman, e a voluntária Amanda Castro.
Marluce Falcão orienta como deve proceder no momento que a pessoa desaparece. “É necessário primeiro fazer um Boletim de Ocorrência, posteriormente apresentar esse Boletim de Ocorrência ao Ministério Público de Alagoas através do número: (82) 99182-0121, a partir desse momento cabe ao PLID divulgar nas redes oficiais o caso de desaparecimento. Já encontramos pessoas no interior da Bahia durante a pandemia, em Minas Gerais. Essas ações têm um alcance muito grande. É importante que a cada dia, nós possamos nos especializarmos, unirmos nossas forças para que tenhamos um PLID forte em cada federação”, afirmou Marluce Falcão.
Embora o trabalho do PLID Alagoas não substitua a apuração realizada pela Polícia Civil, ele pode, a partir de um trabalho conjunto, auxiliar no enfrentamento do problema. Para tanto, é disponibilizado um e-mail:[email protected] para onde pode ser enviada a comunicação da pessoa desaparecida ou através do número: (82) 99182-0121, nos horários das 13h às 19h.
Quem quiser denunciar o sumiço de algum parente deve procurar o Ministério Público Estadual de Alagoas, através de um dos canais de comunicação que podem ser encontrados no https://www.mpal.mp.br/sinalid/.
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