queimou a largada
Renan Filho antecipa ajuste fiscal, mas governo recua de aumento no IOF
Ministro dos Transportes revelou plano de arrecadar R$ 20 bilhões com alta do imposto
O ministro dos Transportes, Renan Filho, antecipou na quinta-feira, 33, que o governo federal adotaria um contingenciamento de R$ 31 bilhões e aumentaria o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), como parte do esforço para equilibrar as contas públicas. A declaração foi feita durante o primeiro leilão de otimização rodoviária, na B3, em São Paulo.
Renan, que tem bom trânsito na equipe econômica do presidente Lula, revelou que o aumento da alíquota do IOF seria aplicado apenas a empresas, com a expectativa de gerar mais de R$ 20 bilhões em arrecadação ainda neste ano. A medida faria parte de um pacote de ajuste que inclui o bloqueio de R$ 10 bilhões e o contingenciamento de R$ 20 bilhões no orçamento.
A fala do ministro antecipou a posição oficial que seria posteriormente confirmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No entanto, diante da forte repercussão negativa entre agentes do mercado financeiro, a proposta acabou sendo revista.
Em nota divulgada na noite de quinta-feira, nas redes sociais, o Ministério da Fazenda informou que desistiu de aumentar o IOF sobre transferências para fundos de investimento no exterior, mantendo a alíquota zero para esse tipo de operação. Já para pessoas físicas, permanece em vigor a alíquota atual de 1,1%.