CRIME ORGANIZADO

Receita apreende mais de meio milhão de maços de cigarros em Alagoas

Por Bruno Fernandes 09/04/2022 - 14:58
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Divulgação/FNCP
Maços de cigarros apreendidos em Alagoas
Maços de cigarros apreendidos em Alagoas

Mais de meio milhão de ma­ços de cigarros contraban­deados ou sem notas fiscais foram apreendidos em Alagoas nos últimos cinco anos, revelaram da­dos da Receita Federal compilados pela agência Fiquem Sabendo. O montante representa o equivalente a R$ 2,5 milhões caso chegassem a ser colocados à venda no estado.

Levantamento feito pelo Insti­tuto de Pesquisas Cananéia (Ipec), porém, revela que a alta do dólar e a pandemia da covid-19, que cau­sou o fechamento de fronteiras, lockdown no Paraguai e restrições na circulação de pessoas, são apon­tados como fatores que atrapalha­ram a entrada do cigarro produzi­do no país vizinho e o consumo em Alagoas. Apesar disso, 397 mil ma­ços foram apreendidos apenas no ano passado no estado, represen­tando R$ 1,9 milhão em prejuízo para o crime organizado.

Embora não existam dados dos últimos três anos em relação a por­centagem da origem dos cigarros consumidos pelos alagoanos, em 2019, dados da Indústria já alerta­vam que 73% de todos os cigarros que circulam no estado eram con­trabandeados do Paraguai, dan­do um prejuízo para o governo de aproximadamente R$ 123 milhões em impostos, que poderiam ser revertido em benefícios para a po­pulação, por exemplo, para a cons­trução de aproximadamente 1.255 casas populares ou 212 unidades básicas de saúde.

Ainda em Alagoas, no ano de 2017 foram apreendidos R$ 57.352,50 em cigarros, no ano seguinte esse número aumen­tou para R$ 597.380,00, em 2019 esse valor caiu para R$ 10.955,00 e no ano passado foi batido o recorde dos últimos cinco anos: R$1.985.505,00. O ano de 2020 foi o único que não registrou apreensões deste tipo de material. Um dos fatores que ajudam na proliferação do mercado ilegal é o fato de um cigarro ilícito chegar a ser 65% mais barato do que o produto legal. O produto ilegal custa cerca de R$ 4,60, já o produto legal, produzido sob as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, é comercializado por lei a partir de R$ 5, mas pode chegar às mãos do consumidor por até R$ 7,61.

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