AMEAÇA DE EPIDEMIA

Surtos de dengue, chikungunya e zika geram alerta epidemiológico em Alagoas

Infestação do Aedes aegypti faz aumentar casos das doenças e já superlotam UPAs e hospitais
Por Tamara Albuquerque 16/05/2022 - 17:48
Atualização: 16/05/2022 - 18:15
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Paulo Whintaker / Reuters
Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue
Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue

Enquanto a incidência do coronavírus cai, chegando a um caso de covid-19 nesta segunda-feira, 16, o quadro epidemiológico de dengue é preocupante em Alagoas. De janeiro até este último domingo, dia 15, o estado registrou 4.495 casos de dengue contra 534 diagnosticado em igual período do ano passado. Hospitais e unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no estado começam a dar sinais de alerta de sobrecarga de pacientes com a doença.

A ameaça de epidemia se configura real, segundo médicos e trabalhadores da área da saúde. Além da dengue, o aumento de casos também é percebido em relação à chikungunya. Um óbito pela doença no estado foi notificado em boletim do Ministério da Saúde. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), foram registrados no período 705 casos este ano, um número muito superior ao de 2021, quando apenas 54 pessoas foram diagnosticadas com a doença. 

O mesmo ocorre com a zika. Alagoas já soma 177 casos confirmados da doença nos primeiros quatro meses e meio de 2022 contra 37 casos em mesmo período do ano anterior. A doença é um fator preocupante em função da relação existente com o nascimento de crianças com microcefalia.

O primeiro caso de bebê com microcefalia em Alagoas relacionada à zika foi registrado em 2015, período em que o país notificava surtos da doença em vários Estados. Desde então, o diagnóstico de zika foi confirmado em 730 recém-nascidos alagoanos. As três patologias são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.


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