Alagoas em estado de alerta epidemiológico por surtos de dengue

O registro de casos de covid-19 em Alagoas, apesar da continuidade da pandemia, tem caído abruptamente este ano, com semanas que somam notificações inferiores a 50 casos e inexistência de óbitos. A ameaça à saúde da população neste momento, quando as chuvas e as altas temperaturas definem o clima no estado, tem asas e é velha conhecido dos gestores da área. É o mosquito Aedes aegypti.

A infestação do inseto já fez acender o sinal de alerta no estado e o maior reflexo disso é a superlotação nas unidades de saúde com pacientes com dengue, chikungunya e zika. O quadro epidemiológico de dengue é preocupante. Alguns municípios, como Maragogi, decretaram situação de emergência em decorrência da doença.

De janeiro até o último dia 15, o estado registrou 4.495 casos de dengue contra 534 diagnosticado em igual período do ano passado. Hospitais e unidades de Pronto Atendimento (UPAs) vivenciam a sobrecarga de pacientes com a doençca. A ameaça de epidemia se configura real, segundo médicos e trabalhadores da área da saúde. Além da dengue, o aumento de casos também é percebido em relação à chikungunya. Um óbito pela doença no estado foi notificado em boletim do Ministério da Saúde. 

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), foram registrados no período em questão 705 casos este ano, um número muito superior ao de 2021, quando apenas 54 pessoas foram diagnosticadas com a doença.
O mesmo ocorre com a zika. Alagoas já soma 177 casos confirmados da doença nos primeiros quatro meses e
meio de 2022 contra 37 casos em mesmo período do ano anterior. A doença é um fator preocupante em função da relação existente com o nascimento de crianças com microcefalia. 

O primeiro caso de bebê com microcefalia em Alagoas relacionada à zika foi registrado em 2015, período em que o país notificava surtos da doença em vários estados. Desde então, o diagnóstico de zika foi confirmado
em 730 recém-nascidos alagoanos.

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