LEVANTAMENTO

Alagoas tem deficit e 5,8 mil vagas no sistema carcerário

Por Tamara Albuquerque com Agência Tatu 20/07/2022 - 06:58
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Divulgação
Presídio Baldomero Cavalcanti, no Tabuleiro do Martins, em Maceió
Presídio Baldomero Cavalcanti, no Tabuleiro do Martins, em Maceió

Levantamento realizado pela Agência Tatu revela que o sistema carcerário do Nordeste tem 43 mil presos a mais do que número de vagas e que em Alagoas o deficit é de 5,874 vagas. O estado disponibilizava de 4.920 vagas, mas tinha 9.856 presidiários em 2020. Ano passado, passou a contar com 10.522 presos, um aumento de 6,76%, e uma redução de 272 vagas.

No país, o aumento de vagas no sistema carcerário não vem acompanhando o número de presos. Em 2021, haviam 159.923 presos para 116.600 vagas em todo o Nordeste, com 43.323 vagas a menos que o número real de pessoas encarceradas, o que representa um déficit de 27%.


Os dados, coletados e analisados pela Agência Tatu, são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, a 16º edição do relatório. Apesar de novas vagas terem sido implementadas, a quantidade não foi suficiente para acabar com a superlotação.

Entre os estados do Nordeste as maiores taxas de superlotação estão Pernambuco, Ceará e Alagoas. Pernambuco é o estado com a maior superlotação do Nordeste. Havia 32.960 pessoas em cárcere para 13.739 vagas em 2020. Ano passado, o número de vagas subiu para 31.683 vagas, mas a quantidade de presos também cresceu para 48.285. Apesar de ter recebido a maior quantidade de vagas de todo o Nordeste, o sistema prisional de Pernambuco ainda não conseguiu suprir um déficit de 16.602 vagas.


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