ASSASSINATO DE ZÉ MIGUEL

Laércio Boiadeiro quer reduzir pena de 35 anos

Ex-prefeito José Miguel Dantas Rodrigues e esposa foram executados há 24 anos
Por Bruno Fernandes 18/03/2023 - 15:32
Atualização: 18/03/2023 - 17:07

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Defesa argumenta não haver elementos suficientes sequer para embasar a pronúncia
Defesa argumenta não haver elementos suficientes sequer para embasar a pronúncia

José Laelson Rodrigues de Melo, conhecido como Laércio Boiadeiro, condenado em 2012 a 35 anos de prisão pelo assassinato do ex-prefeito de Batalha José Miguel Dantas Rodrigues, o Zé Miguel — tio do governador Paulo Dantas (MDB) — e sua esposa Matilde Toscano de Souza, terá mais um pedido de revisão de sua pena julgado na próxima terça-feira, 21. O crime ocorreu no dia 19 de março de 1999 e, segundo denúncia do Ministério Público, o casal foi vítima de uma emboscada armada por Laelson após uma noite de comemoração com amigos. 

Laércio Boiadeiro
Laércio Boiadeiro

Boiadeiro, que teria planejado e matado José Miguel Dantas Rodrigues por disputa de terras e poder político, entrou com o pedido de revisão criminal em 11 de janeiro alegando que a condenação não corresponderia às provas dos autos. 

Ele chegou a ser considerado foragido da Justiça até ser preso em agosto de 2019, quando foi localizado pela Polícia Civil no município de Salgueiro, em Pernambuco, onde cumpre pena. 

O EXTRA tentou contato com a defesa do condenado por meio de mensagens no WhatsApp e ligações para questionar o motivo pelo qual Laelson Rodrigues não foi transferido para cumprir pena em Alagoas, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição. 

Zé Miguel
Zé Miguel

No pedido de revisão, a defesa argumenta não haver elementos suficientes sequer para embasar a pronúncia, além de afirmar que a decisão do Tribunal do Júri deve ser anulada “por vício de quesitação, haja vista que não foi traçada uma linha sequer sobre a situação fática que respalda as qualificadoras concernentes se o réu agiu por motivo torpe, por meio cruel e de forma que dificultou ou impossibilitou a defesa das vítimas”.

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